Nesta quarta-feira, 14 de agosto, começaram as negociações específicas entre o Banco do Brasil e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco (COE-BB). Na pauta, Saúde, Condições de Trabalho e Previdência.
Os temas mais debatidos foram metas, adoecimento ocupacional, rankings, Plano de Funções, coparticipação Cassi, ressarcimento por custos com doença ocupacional, melhoria do Plano Odontológico e posse do Caref, o representante eleito pelo funcionalismo para o Conselho de Administração.
Como sempre, nessa fase inicial das negociações, a Direção do Banco do Brasil limitou-se a responder com o famoso “Vamos estudar…”.
A COE-BB lembrou que as condições de trabalho serão pré-requisitos para o acordo sobre reajuste e PLR, que, normalmente, mobilizam mais o funcionalismo. Lembrou também que o lucro de R$ 10 bilhões, no semestre, recorde dos bancos na História do Brasil, mostra que há recursos para atender as reivindicações dos bancários, mas também que o Banco se afasta de sua responsabilidade social ao destinar 26 dos seus 638 bilhões de crédito, 4%, para a agricultura familiar.
Em relação à responsabilidade social junto ao funcionalismo, antes da negociação, no Palácio do Planalto, a COE-BB entregou um documento à Secretaria Geral da Presidência da República denunciando as metas abusivas, o assédio moral e as práticas antissindicais no cotidiano do Banco.
Além dos pontos já citados, estão na pauta de reivindicações Saúde/Cassi: administração do Plano Odontológico pela Cassi e não pelo Banco, ampliação das clinicassis e cumprimento da legislação trabalhista em relação ao mobiliário e ao descanso.
Quanto às condições de trabalho, estão na pauta mais contratações, retirada das metas da GDP, fim do monitoramento individual GAT e fim das metas intradia.
Nas reivindicações sobre a Previ estão aposentadoria feminina aos 45 anos e fim do voto de Minerva do patrocinador, além de, no Plano 1 (pré-1998), redução da Parcela Previ (semelhante ao Fator Previdenciário), teto de benefícios em 100% (hoje é de 90%) e manutenção da contribuição indireta.
A próxima negociação deverá acontecer na próxima quarta-feira, 21 de agosto.
VOCÊ SABIA?… Mantida a distribuição da PLR em 12,5% do lucro líquido, o valor a ser distribuído entre o funcionalismo será de R$ 1,250 bilhão. Se esse valor fosse dividido linearmente, ou seja, igualmente para todos, cada funcionário receberia pouco mais de R$ 10.400,00.
Por Marcelo Quaresma