São tantas as “coincidências” que deixam claro o projeto de desmonte dos bancos públicos pelo governo Temer: planos de demissão voluntária, fechamento de agências, ampliação da participação das instituições estrangeiras no Sistema Financeiro Nacional para supostamente aumentar a oferta de crédito e baixar os juros.
Se cerca de 10 mil já deixaram o BB, agora é a vez da Caixa. Na quarta-feira, (04/01), a imprensa divulgou que a direção da instituição federal concluiu sua proposta para o programa de demissão voluntária. Deverá ser aberto aos empregados no final deste mês, com adesão até o começo de fevereiro.
Nesta quinta-feira, (12/01), é aniversário da Caixa, uma excelente oportunidade para mostrar à sociedade o desmonte e protestar contra isso. E claro, mais uma vez protestar contra essa e outras arbitrariedades impostas pela direção do banco em relação às condições de trabalho e às tentativas de desmonte da instituição pública empreendidas pelo governo Temer.
A Caixa tem papel fundamental na manutenção de políticas sociais. A redução do quadro de funcionários prejudicará não só os empregados do banco, mas também a população. O atual governo pretende impor aos trabalhadores da Caixa e à sociedade um ajuste fiscal por meio da retirada de direitos e do desmonte do Estado, reduzindo políticas públicas. Um plano de demissão voluntária sem a previsão de novas contratações é só mais um passo. Somente a mobilização da sociedade e, principalmente, dos empregados pode barrar o sucateamento da Caixa e a piora das condições de trabalho. O caminho da retomada do crescimento passa pelo aumento de políticas públicas e do papel do Estado na economia, e a Caixa, assim como o BB, deveria ter um papel central.
Fonte: SPBancários