Em três dias de greve o movimento nacional dos bancários ganha o apoio da população e cresce em todos os estados. Mais de 10.369 unidades foram paralisadas em todos Estados da federação e no Distrito Federal. Um aumento de 1.606 agências. A categoria reivindica reajuste salarial de 16%, que significaria aumento real de 5,7%. Os bancos ofereceram apenas 5,5%, que representa perdas de 4% para os trabalhadores. Nos 16 municípios atendidos pelo Sindicato dos Bancários de Niterói e região, todas as unidades permaneceram fechadas. O contingenciamento para atender aposentados e pensionistas continuou.
“Os bancos não apresentaram nenhuma proposta até o momento. A orientação é que se mantenha a mesma disposição para que na próxima semana tenhamos alguma proposta dos banqueiros. Na região de Niterói tivemos problemas pontuais em agências do Banco do Brasil como intransigências de alguns gestores e práticas antigrevistas, mas nada muito grave. Pequenos incidentes isolados também foram registrados em bancos como Itaú, Bradesco e Santander, mas nada que impedisse o sucesso do movimento”, relata Luis Cláudio de Souza Costa, presidente do Sindicato.
A greve, portanto, continua nesta sexta-feira (09) e se estende para a próxima semana. Todas as unidades de atendimento bancários de Niterói a Rio das Ostras vão permanecer fechadas.
Em Niterói e região, 246 agências bancários abrigam cerca de 4 mil bancários. Os 16 municípios atendidos pelo Sindicato são: Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Silva Jardim, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Tanguá, Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Armação dos Búzios e Rio das Ostras.
Greve forte conquista
Nos últimos anos, os bancários vêm conquistando aumentos reais de salário e foi a força da greve que levou os banqueiros a retomar as negociações e a apresentar uma nova proposta. Na Campanha Nacional 2015, a greve vem crescendo e o período de sua duração será definido pela força da mobilização dos bancários.
Confira as reivindicações dos bancários:
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Imprensa Seeb-Nit