Força da greve dos bancários arranca nova negociação com a Fenaban para esta terça-feira (20)


A Fenaban chamou o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociações no início da noite desta segunda-feira (19). A reunião acontecerá na terça-feira (20), às 16h, em São Paulo. A reabertura do processo de negociação acontece no 14º dia da greve nacional da categoria, que vem crescendo a cada dia. Nesta segunda, 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal. O contato foi feito via email enviado à ContrafCUT no fim do expediente convidando para o retorno das negociações.

 

O Comando Nacional reforça a necessidade de que os bancários continuem mobilizados para demonstrar indignação à proposta inicial dos bancos. A categoria quer, além da reposição da inflação e do ganho real, a reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, com saúde e igualdade de oportunidade. Fim das demissões, da rotatividade e que os trabalhadores não continuem adoecendo por serem submetidos ao assédio moral para cumprir metas inatingíveis.

 

Confira as reivindicações dos bancários

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82 

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. 

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

Fonte: Imprensa Seeb-Nit com ContrafCut