O primeiro ministro do governo socialista chinês, Wen Jiabao [foto], anunciou nesta quinta-feira, dia 5, um pacote econômico de 585 bilhões de dólares, cerca de 2,5 vezes a dívida externa brasileira, para reverter a queda no ritmo de crescimento do País, que ficou em 8%, em 2008, o menor índice da China, no século XXI, que começou com o crescimento de 13%, em 2001.
Entre outras coisas, o governo decidiu aumentar os salários de vários setores para ampliar o consumo e continuar sendo a economia que mais cresce no mundo nos últimos anos.
O pacote também prevê o aumento dos gastos públicos, com obras do governo reduzindo o índice de desemprego no País. Além disso, o setor produtivo interno será estimulado pela redução dos juros e a ampliação do crédito ao consumidor, o que pretende diminuir a dependência da China em relação às exportações.
O pacote frustrou investidores, fazendo cair bolsas de valores em todo o mundo, pois vai na direção oposta do que vem sendo feito nos países capitalistas, que socorrem as empresas, desempregam e reduzem salários, ao invés de empregar, ampliar a renda dos trabalhadores e alavancar o consumo, recuperando o mercado.
Os próximos meses dirão quem está certo: a China ou o resto do mundo. Mas, em 1933, o New Deal de Franklin Roosevelt tirou os Estados Unidos da Grande Depressão com medidas que tem semelhanças com o último pacote chinês. Se é verdade que a História se repete…
(MQ)