Banco do Brasil exige o máximo, mas só quer dar o mínimo aos funcionários

Após duas rodadas de negociações sobre Saúde, nos dias 13 e 14, e sobre Remuneração, dia 20, os negociadores do Banco do Brasil não avançaram nenhum milímetro diante da extensa pauta de reivindicações de seus funcionários, na qual alguns pontos são debatidos há anos.
Nesses três dias, os negociadores do BB só disseram “NÃO!” ou que vão analisar as propostas, que eles receberam previamente e já deveriam ter sido estudadas, principalmente aquelas que o banco já conhece há bastante tempo, como, por exemplo, jornada de 6 horas para todos, Piso do Dieese (em julho, R$ 2.519,97), VR para caixas, descongelamento do anuênio pré-98, anuênio para os pós-98, aumento do interstício da carreira (3% para 6% a cada três anos), volta das substituições, fim da lateralidade, incorporação percentual da comissão a cada três anos (10% ao ano), inclusão de postos efetivos e caixas na carreira de mérito e fim da trava para remoção e comissionamento, entre outras.
Não bastasse isso, os negociadores do Banco do Brasil ainda insinuaram pretender reduzir direitos, facilitando o descomissionamento e reduzindo o número de sindicalistas liberados. Nas agências há boatos sobre uma futura compensação de dias parados sem prazo final, enquanto algumas metas chegaram a triplicar como antecipação da futura greve, propalada pela direção do BB, mas ainda não falada pelos sindicalistas. Já a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) promete uma proposta global para a categoria nesta terça-feira, 28, o Dia dos Bancários. Será um presente de grego?
“O banco quer que seus funcionários acreditem que a empresa está no prejuízo e que, por isso, não pode melhorar salários ou condições de trabalho. O Banco do Brasil teve redução de 9,7% no lucro anual, que vinha acumulando recordes históricos, mas teve aumento da lucratividade no último trimestre de 20,2%, em relação ao mesmo período de 2011. Somados os dois últimos semestres, o lucro anual foi de R$ 12,58 bilhões, resultado melhor que os de 2010 e 2009 e só inferior aos R$ 13,1 bilhões de 2011. Na data-base discutimos o ano que passou e não o futuro, que dizem que a Deus pertence, mas que os negociadores do banco, como se fossem o Nostradamus do Apocalipse, garantem que vai ser o fim do mundo. Então, não querem dar hoje, quando há lucro, porque vai haver prejuízo amanhã. Uma conversa para boi dormir. Nesse caso, o funcionalismo tem que acordar. Quanto mais cedo, melhor, e com muita disposição”, comentou Marcelo Quaresma, sindicalista do BB em Niterói e Região.

SINDICATO NAS AGÊNCIAS (“Encontros com a base”) – Desde julho, já foram realizadas reuniões em 19 das 34 agências do Banco do Brasil em Niterói e Região. Nesta semana, Quaresma visitará os colegas de Moreira César (dia 27, às 16:30h), Aurelino Leal (28, 9h), Icaraí (28, 16:30h), Maricá (29, 16:30h) e Niterói (30, 9h).

ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES SINDICAIS DE BASE (ex-delegados sindicais) – As ECOA’s devem enviar o resultado das eleições, via malote, para a agência Coronel Gomes Machado (2315-9), até quarta-feira, dia 29. As orientações, cédulas e atas do pleito já foram enviadas a todas as agências da base, via malote.

Fonte: Seeb-Niterói / Marcelo Quaresma