Um funcionário da agência Rua da Assembleia do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, com quase 30 anos de banco e com 54 de idade, faleceu cinco dias depois de ter sido descomissionado.
O descomissionamento aconteceu na quinta-feira, 29 de julho, quando o funcionário deixou de ser o segundo gestor da agência para voltar a ser escriturário, o cargo inicial da carreira bancária. O motivo do descomissionamento teria sido o não cumprimento de metas.
O bancário passou mal durante todo o final de semana, foi internado na segunda-feira e faleceu no dia seguinte, dia 5 de agosto, devido a complicações cardíacas.
Fontes da direção do banco alegam que o descomissionamento teve suas razões e que o funcionário já tinha problemas cardíacos.
“Pode ser que o banco tivesse motivos técnicos para o descomissionamento. Porém, passar um funcionário da segunda posição da agência para o cargo de ingresso parece ser uma decisão extremada. Por outro lado, também pode ser que o bancário já fosse cardíaco. Mas, parece ser evidente a relação entre o descomissionamento e o agravamento do estado de saúde do colega. Além disso, é também evidente que o adoecimento precoce dos bancários está ligado màs condições de trabalho nos bancos, especialmente o assédio moral pelo cumprimento de metas, ao que tudo indica, os principais motivos da morte do colega”, comentou Marcelo Quaresma, sindicalista do BB em Niterói e Região e diretor da Anabb no Estado do Rio. Ele acrescentou que, nos últimos dias, recebeu duas denúncias de perseguição a funcionários em final de carreira, situação semelhante à do bancário falecido,