Alguns sindicatos de bancários do Brasil, inclusive o do Rio de Janeiro, vêm orientando os funcionários a não compensarem os dias parados da greve de 2006, como forma de pressão pela anistia dos mesmos.
Embora torça pelo sucesso dessas campanhas, que beneficiaria a todos, o Sindicato de Niterói e Região não concorda com essa orientação porque a considera temerária, pois se a não compensação não gerar a anistia, a partir de janeiro de 2007, os dias não compensados poderão ser descontados dos salários dos bancários que agirem dessa forma.
Além disso, as campanhas pela não compensação são isoladas, iniciativas de alguns sindicatos, como aconteceu no início e no final da greve de 2006, quando algumas assembléias decidiram agir de forma diferente da orientação do Comando Nacional, que não deu orientação no sentido da não compensação.
“Nos engajaríamos em uma campanha articulada nacionalmente, com paralisações de 24 ou 48 horas pela anistia, por exemplo. Agora, dizer para os bancários não compensarem os dias, hoje, é bacana, combativo, heróico até, mas e, depois, se esses dias forem descontados, quem vai pagar por isso? O Sindicato que deu essa orientação? Nós, de Niterói e Região, não vamos assinar em baixo dessa irresponsabilidade”, comentou Marcelo Quaresma, sindicalista do Banco do Brasil, afirmando ainda que nas negociações específicas do BB, aventou-se a possibilidade da anistia após 31 de dezembro, mas nada ficou acordado sobre o tema, que voltará à mesa nas negociações mensais, a partir de novembro.