Entre os principais pontos da proposta aprovada pelos bancários dos bancos privados, estão reajuste de salários e benefícios com aumento real (6% contra inflação de 4,82% no período), pagamento da 13ª. Cesta-Alimentação no valor de R$ 252,36, incorporada a partir de agora na Convenção Coletiva Nacional, e melhora na Participação nos Lucros e Resultados.
No caso da PLR, a regra básica é de 80% dos salários mais R$ 878, com parcela adicional de 8% da variação do lucro líquido do banco entre 2006 e 2007. Para os bancos em que o lucro aumentou mais de 15%, houve crescimento de 20% nos valores em relação ao ano passado, com a garantia de pagamento mínimo de R$ 1.200 e máximo de R$ 1.800.
A proposta também prevê que os dias parados até 1º de outubro não sejam descontados nem compensados.
O pagamento da primeira parcela da PLR acontecerá 10 dias após a assinatura do acordo. As diferenças salariais e sobre os benefícios serão pagas na folha de novembro.
Entenda a proposta de PLR dos privados
Regra básica – 80% do salário, mais valor fixo de R$ 878 (teto de R$ 5.826). Caso o valor distribuído com a PLR não atinja 5% do lucro líquido, os bancos devem majorar o benefício até chegar a dois salários ou o teto de R$ 11.652.
Parcela adicional – 8% da variação do lucro líquido de 2006 para 2007 dividido pelo número de empregados (teto de R$ 1.800)
Parcela adicional mínima – Quando a variação do lucro líquido de 2007 para 2006 for maior que 15%, os bancos pagarão no mínimo R$ 1.200
Forma de pagamento – Os bancos se comprometem a pagar metade da regra básica e da parcela adicional em até dez dias após a assinatura do acordo. Na regra básica, a antecipação será de 40% do salário, mais R$ 439, limitados a 15% do lucro líquido do primeiro semestre. A parcela adicional antecipada será de 8% da variação do lucro líquido do primeiro semestre de 2006 para o mesmo período de 2007, com teto de R$ 900. A parcela adicional mínima será de R$ 600, quando a variação do lucro líquido for maior que 15%.
A outra metade será paga até 2 de março de 2008, com o fechamento dos balanços de 2007.
Itens específicos do Banco do Brasil
A proposta aprovada pelos funcionários do Banco do Brasil prevê Participação nos Lucros e Resultados (PLR) adicional à da Fenaban, correções no Plano de Cargos e Salários (PCS) e na isonomia entre novos e antigos funcionários.
Pela proposta da direção do BB, a PLR semestral teria parcela fixa de R$ 439, mais 40% do E6 para escriturário, ou este percentual do E6 mais comissão de caixa para os caixas, ou 40% do Valor de Referência para os comissionados. Além da regra básica, similar à da Fenaban, o Banco do Brasil se compromete a distribuir 4% do lucro líquido de forma linear para todos (o equivalente a R$ 1.168,92 por funcionário), garantindo no mínimo um VR para quem cumpriu o acordo de trabalho (ATB).
Para o PCS, o Banco do Brasil aceita a incorporação dos R$ 33 para o E1 e VP-020. A diferença entre cada interstício será de 3%.
Isonomia – O Banco do Brasil avançou nos itens de isonomia. Na negociação desta segunda, a direção concordou com o adiantamento de férias para ser pago em até dez vezes. O BB já havia concordado em universalizar os direitos de adiantamento salarial para cobrir a cobrança de consignações em atraso e a devolução das vantagens por desistência de remoção parcelada em dez vezes.
PCS sofrerá reajuste de 10,08% – Com a proposta da Fenaban de correção de 6% mais a incorporação dos R$ 33,00 no salário do E1 e a correção da tabela de VPs, o Plano de Cargos e Salários do Banco do Brasil terá correção de 10,08% em todos os níveis, contra inflação do período de 4,82%. Essa correção também impacta o VCP (Vencimento de Caráter Pessoal) nos casos em que ele existe.