Sindicato traça estratégias contra novo plano de funções do Banco do Brasil

Dirigentes sindicais do Banco do Brasil de todo Estado do Rio se reúnem nesta quarta-feira, 20, na Federação dos Bancários RJ/ES para avaliar política e juridicamente o novo Plano de Funções do banco. A mudança implantada pelo BB gerou uma série de protestos pelo país por que a medida reduz o salário dos Asneg’s que optarem pelas 6 horas, além do aumento de responsabilidade de gerentes de relacionamento sem reajuste no salário. Em fevereiro, o Sindicato dos Bancários de Niterói paralisou sete agências em Niterói, São Gonçalo e na Região dos Lagos para manifestar a insatisfação da categoria.

As atividades continuarão e, na segunda-feira, dia 25, está agendada uma reunião o jurídico do Seeb-Niterói para estabelecer quais as medidas judiciais e quais documentos serão necessários para a ação coletiva contra o banco em favor dos ex-gerentes de relacionamento (atuais FC); dos asneg’s que continuam de 8 horas; dos asneg’s que passaram para 6 horas; dos que foram asneg’s nos últimos cinco anos (desde 2008) e não eram mais asneg’s em 28/01/2013; dos supervisores de hall; e dos comissionados há mais de 10 anos (na mesma função ou não), inclusive gerentes gerais, nesse caso, de modo a garantir, previamente, que, havendo descomissionamento, não haverá redução de salário.

A ideia é fatiar ao máximo (por agências ou grupos de funcionários) para que os processos andem mais rápido na Justiça. É bom lembrar que foi aprovada em assembleia a doação de 10% do que for recebido dos sindicalizados e de 20% para os não filiados. E que, apesar de, se for solicitado, entrar com ações em favor dos não sindicalizados, essas serão feitas em separado, pois o Banco costuma contestar a presença de não filiados nos processos coletivos do Sindicato e os juízes costumam mandar retirá-los das ações.

Portanto, é hora de acelerar as sindicalizações dos não filiados ou as transferências de filiações para os que estão sindicalizados em outras bases sindicais. Se o Banco pretendia reduzir o passivo trabalhista com o novo Plano de Funções, parece que o tiro saiu pela culatra.

Willian Chaves
Redação Seeb-Nit com informações de Marcelo Quaresma