O setor bancário, o mais lucrativo da economia brasileira, segue cortando empregos e colaborando para o agravamento da crise no país. De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), os bancos extinguiram 20.553 postos de trabalho em 2016. Destes, 9.028 apenas em dezembro. Os números são ainda mais assustadores quando comparados com 2015, quando o saldo negativo atingiu 9.886 empregos, menos da metade do registrado ano passado.
O saldo de dezembro foi fortemente influenciado pela reestruturação no Banco do Brasil, que através do PEAI (Programa Extraordinário de Aposentadoria Incentivada) eliminou 10 mil empregos. Com essa reestruturação no BB, o governo Temer precariza o atendimento, além de sobrecarregar e adoecer bancários que permanecem na instituição. Entre janeiro e setembro de 2016, os cinco maiores bancos faturaram mais de R$ 45 bilhões.
Rotatividade – Além de cortar postos de trabalho, os bancos faturam com a rotatividade no setor. Em 2016, os trabalhadores admitidos em instituições financeiras ingressaram recebendo em média 54% do que ganhavam os bancários que deixaram os bancos.
O estado de São Paulo registrou o pior saldo de empregos no setor bancário em 2016. Em 12 meses, os bancos fecharam 7.842 postos de trabalho.
Fonte: SPBan