Vigilantes de Niterói decidem: GREVE a partir do dia 12 de março

Bancos podem não abrir por falta de segurança. Categoria quer 10% de reajuste imediato.

Os Vigilantes de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá entram em greve por tempo indeterminado a partir do dia 12 de março. A decisão foi aprovada em assembleia realizada pela entidade Sindicato dos Vigilantes de Niterói e regiões na noite desta terça-feira, 06, com a presença do Sindicato dos Bancários. Os profissionais da área de segurança privada exigem reajuste de 10%, mais reposição inflacionária do período, 30% do risco de vida e ainda um aumento do auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 8,85, mas eles querem um reajuste para R$ 16,50.

Os trabalhadores votaram a pela paralisação das atividades até que as empresas negociem a pauta de reivindicações apresentada ao sindicato patronal pelas 15 entidades que representam a categoria no Estado. Está é a primeira vez que todos os sindicatos realizam uma campanha salarial unificada no Rio de Janeiro.

A direção do Seeb-Niterói admitiu que caso a greve ocorra os bancos não poderão ser abertos devido a falta de segurança nas agências colocando os bancários e clientes em risco. Uma lei federal também regulamenta o plano de segurança nos bancos não permite que a agência seja aberta com menos de três vigilantes. A diretoria do sindicato considera a reivindicação dos vigilantes justa e necessária, uma vez que os salários são muito baixos e o serviço profissional de alto risco. O presidente do Seeb-Niterói, Fabiano Júnior, participou da assembléia realizada pelo sindicato dos vigilantes, juntamente com os diretores Jorge Antônio (Porkinho), Haideé Antunes e a advogada Fernanda.

A decisão pela greve ocorreu após os dirigentes sindicais tentarem por duas vezes realizar mesas redondas agendadas pelo Ministério do Trabalho para negociação, mas sem sucesso. O representante das empresas não compareceu em nenhuma audiência demonstrando total falta de consideração com a categoria.

Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio José, a principal motivação para a greve, foi a intransigência do sindicato dos patrões em não negociar com a categoria.

“O Sindesp-RJ não quer conceder nenhum reajuste pedido e ainda não compareceu a nenhuma mesa redonda marcada pelo Ministério do Trabalho, demonstrando total desinteresse e falta de consideração com o vigilante. Por isso vamos parar e exigir mais respeito a categoria. Os empresários ameaçaram ainda retirar da categoria os 8% já conquistados de risco de vida caso a greve seja levada a frente. Já comunicamos a todos os órgãos como Polícia Federal, Ministérios Público do Trabalho, os bancos e o próprio sindicato patronal que manteremos a decisão de greve já aprovada pelos vigilantes” declara.

O dirigente lembrou também que o Rio de Janeiro tem um dos piores salários do país.

“Vamos endurecer o embate. Não podemos admitir que o Rio mais uma vez figure como os piores salários de profissionais de segurança. Os vigilantes do Rio recebem uma salário de R$ 864,00 que com os descontos volta para pouco mais de R$ 600. Isso é uma vergonha para a classe trabalhadora de um Estado tão violento como o nosso. No Distrito Federal e no Tocantins, após uma grande mobilização os profissionais alcançaram 15% de ganho real no salário mais inflação. Por que nós vigilantes do Estado do Rio temos que ganhar 0%? Não vamos admitir. Segunda-feira nenhum profissional assumirá seu posto de trabalho até que os patrões decidam negociar. Esperamos contar com o apoio e a compreensão da população. A reivindicação é justa para quem trabalha sob forte pressão e risco iminente. Está será uma greve geral como nunca se tinha visto no Rio de Janeiro.”, desabafa Cláudio José.

Os vigilantes reivindicam:

1.REAJUSTE SALARIAL: INFLAÇÃO + 10% DE GANHO REAL;

2. TÍQUETE REFEIÇÃO DE R$ 16,50;

3. DESCONTO DO TICKET REFEIÇÃO DE 20% PARA 5%;

4. 30% DE RISCO DE VIDA EM MARÇO DE 2012; e

5. PLANO DE SAÚDE PARA O VIGILANTE E OS DEPENDENTES.

Está é a primeira vez que dirigentes sindicais das 15 entidades representativas no Rio se unem numa campanha salarial. A adesão da greve deve ser total em todas as regiões do Estado.

Willian Chaves – Ascom


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