Teresópolis tem 179 pessoas em abrigos após chuva, diz prefeitura

Balanço foi divulgado às 9h desta segunda-feira (9). Cidade da serra do Rio tem 379 casas interditadas permanentemente.

Cento e setenta e nove pessoas estão em quatro abrigos de Teresópolis, após a chuva que atingiu a cidade da Região Serrana do Rio no feriadão da Páscoa. O balanço foi divulgado às 9h desta segunda-feira (9) pela prefeitura da cidade. Cinco pessoas morreram após o temporal na sexta-feira (6) e 24 ficaram feridas.

A prefeitura informou, ainda, que 450 vistorias foram realizadas na cidade, sendo que 379 casas estão interditadas permanentemente, já que tem risco de desabar. Algumas pessoas deixaram os abrigos e foram para a casa de familiares e amigos.

Sirenes

Das 20 sirenes instaladas em área de risco em Teresópolis, houve falha no acionamento de cinco durante o temporal, segundo o secretário municipal de Defesa Civil, coronel Roberto Silva. De acordo com ele, bairros como Perpétuo, Fonte Santa e Pimentel, que foram bastante atingidos pela chuva, não tiveram os alertas acionados. Outros dois, no entanto, foram bairros onde não ocorreram deslizamentos e, portanto, não houve necessidade de acionamento.

De acordo com o coronel, o grande motivo para que houvesse falha no sistema foi a falta de acesso à internet, que no caso das sirenes é via 3G. “O sinal 3G não é bom, toda hora cai. Estamos instalando uma rede de fibra ótica, que começou a ser feito em fevereiro”, explicou o secretário, ressaltando que até agora só o sistema do bairro Quinta Lebrão foi substituído.

A empresa que faz a manutenção das sirenes, e que está realizando a troca, ainda não deu previsão para concluir a mudança de toda a rede.

Segundo o coronel, os agentes formados pela Defesa Civil para atuar nas áreas de risco contribuíram muito para que a tragédia não fosse ainda maior. “Eles trabalharam muito, nos passavam informações por celular durante a chuva e agora ainda continuam atuando nos abrigos e auxiliando a população”, afirmou o coronel, explicando que cerca de 600 agentes se dividem nas 12 comunidades onde há áreas de risco.

Sinal de celular fraco também dificultou o trabalho
As sirenes também podem ser acionadas manualmente, mas a dificuldade no sinal das operadoras de celular da região também dificultou o trabalho da Defesa Civil. “Não tivemos como entrar em contato com muitos agentes da Defesa Civil, pois os celulares não funcionavam. Tinha lugares por onde tentamos passar, mas que estava com mais de um metro de água. Muitas viaturas tiveram problemas mecânicos por causa da água”, afirmou Roberto.

Em alguns bairros onde as sirenes deveriam ter sido acionadas virtualmente, assim que os índices pluviométricos indicassem situação de risco, os representantes da Defesa Civil só conseguiram chegar cerca de uma hora depois.

Fonte: G1


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