Terceira semana de greve e bancários lutam por melhores salários

A greve dos bancários chega na terceira semana ainda mais forte. O silêncio dos bancos em não negociar amplia a adesão ao movimento que está no 14° dia. Mais de 12,5 mil agências bancárias e centros administrativos estão fechados em todo país. Em Niterói e região, a greve mantém 100% das unidades paralisadas. Apenas caixas eletrônicos estão em funcionamento. Entre as cláusulas econômicas a Fenaban oferece 5,5% de reajuste enquanto os bancários reivindicam 16%.

 

Não são apenas as cláusulas econômicas que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) recusa-se a negociar, mas também as que dizem respeito aos clientes e à população em geral. Entre elas estão as que cobram mais investimentos em segurança, como a instalação de equipamentos eletrônicos e biombos entre os caixas para evitar as saidinhas, as que exigem o fim da pressão para que os bancários não sejam submetidos ao assédio moral para cumprir metas absurdas de venda de produtos que muitas das vezes não interessam aos correntistas, bem como aquelas pelas quais os bancos se comprometeriam com o fim das demissões em massa e a realizar novas contratações de forma a melhorar as condições de trabalho e de atendimento.

 

Só para citar um exemplo, em abril deste ano, a Polícia Federal (PF) multou 20 bancos em R$ 8,717 milhões por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário, durante a 104ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. O Itaú foi novamente o banco mais punido, com multas de R$ 2,474 milhões, seguido do Bradesco com R$ 1,939 milhão, do Santander com R$ 1,568 milhão, do Banco do Brasil com R$ 1,389 milhão e da Caixa Econômica Federal com R$ 564 mil. As principais infrações cometidas foram equipamentos inoperantes, funcionamento de unidades sem plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente e até ausência de vigilantes, falta de rendição de vigilantes no horário de almoço, transporte de valores feito por motoboy e cerceamento a policiais federais para fiscalizar estabelecimentos dos bancos, dentre outras.

 

Fonte: Imprensa Seeb-Nit com Rede Bancários Online