Quando estamos nas calçadas, nos ônibus, nos carros, nos sinais de trânsito, nos engarrafamentos, nos caixas eletrônicos, nas praias ou chegando em casa, nunca imaginamos que possamos ser assaltados. Afinal, quase não ouvimos falar de assaltos nesses lugares ou em qualquer outro desse País de dimensões continentais.
Uma das razões disso é o fato de a comercialização de armas ser permitida no Brasil.
Mesmo quando a polícia não está por perto, nossa segurança é garantida por algum cidadão de bem que está por ali armado para proteger sua família, se proteger e, por que não, proteger os outros cidadãos de bem.
Por isso, não nos preocupamos com pessoas suspeitas nos espreitando, rondando nossas residências, seguindo nossos carros, sejam adultos ou crianças, bem-vestidos ou maltrapilhos. Afinal, os criminosos temem que cidadãos de bem que andam armados atirem neles, a qualquer hora do dia ou da noite e em qualquer lugar.
Os marginais temem ainda serem atingidos por balas perdidas disparadas por cidadãos de bem contra outros bandidos.
Por isso também não temos muitas notícias de estupros ou seqüestros, ainda que relâmpagos. Muito menos de assaltos a residências, prédios ou condomínios. Nesses dois últimos, então, nem se fala! Há neles uma série de cidadãos de bem armados para protegerem suas famílias, se protegerem e protegerem os condôminos.
Por isso, andamos por aí ou ficamos em casa absolutamente tranqüilos.
Um dos motivos dessa tranqüilidade é, sem dúvida, a livre comercialização das armas no País.
Nossos pais, parentes e amigos que andam armados já mataram um monte de bandidos.
Por isso, nos noticiários vemos criminosos aos montes caídos mortos nas calçadas, nos sinais de trânsito, no meio do engarrafamento, nos bancos, próximo a residências.
O cidadão de bem só anda armado para proteger sua família.
Por isso nunca ouvimos falar em maridos que assassinaram esposas, esposas que assassinaram maridos, filhos assassinando pais, pais assassinando filhos, irmãos se assassinando ou netos assassinando avós. Afinal, as armas só estão em casa para proteger as famílias.
O cidadão de bem que anda armado, além de proteger a família, apenas se protege.
Por isso nunca ouvimos falar de assassinatos em discussões e brigas de futebol, de trânsito, de boates, de paqueras, de sócios, de amigos ou de qualquer assassinato por motivo fútil.
Mesmo que o cidadão de bem não queira andar armado, ele deve ter o direito de andar armado. O governo não tem o direito de proibir isso! Como disse Caetano Veloso, em um festival de música dos anos 60, sob intensa vaia: “É proibido proibir!”.
O direito individual do cidadão está acima de tudo.
Por isso ninguém se incomoda com fumantes em lugares públicos, bailes funks na madrugada, pit-bulls soltos, atropelamentos em avanços de sinal, batidas de carros em alta velocidade nos que seguiam devagar e outras tantas coisas. Afinal, cada um tem o direito individual de fazer o que quer.
Se cada um tem o direito de fazer o que quer, quem assalta, seqüestra, estupra ou mata não está exercendo o seu direito individual, o seu direito à liberdade, de acordo com a sua consciência?
Se você concorda com o que está escrito, neste domingo, 23 de outubro, vote NÃO para que tudo continue assim.
Se você discorda do que está escrito, acha que não é bem assim, vote SIM, pois assim pode ser que alguma coisa mude, mesmo que seja só um pouquinho assim.