Em reunião no Ministério da Previdência, pedida pelo secretário de Saúde do Sindicato, Edilson Cerqueira, foi anunciada criação de órgão para combater o desrespeito de peritos do INSS.
O Sindicato foi a Brasília cobrar do governo federal mais respeito aos bancários nas perícias médicas do INSS. Em reunião no Ministério da Previdência Social, pedida pelo secretário de Saúde do Sindicato, Edilson Cerqueira, foi anunciada dia 28 a criação da Divisão de Saúde do Trabalhador para combater o tratamento desrespeitoso que os peritos vêm dando aos trabalhadores com problemas de saúde.
“Muitos peritos, sem o crachá obrigatório de identificação, humilham o trabalhador doente e o tratam como fosse um fraudador criminoso. Os bancos nem mesmo emitem a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), e por isso os sindicatos acabam fazendo o que deveria ser feito pelas empresas, segundo a lei”, denunciou Edilson.
O sindicalista também cobrou o retorno da Superintendência do INSS ao Estado do Rio, já que a atual funciona em Belo Horizonte. Segundo o secretário-executivo da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, o projeto para a criação da Divisão de Saúde já está nas mãos da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O encontro foi articulado pelo presidente da Federação dos Bancários RJ-ES, Fabiano Júnior. Também participou da reunião o presidente do Sindicato dos Bancários do Município do Rio, Almir Aguiar.
Sindicato se reúne com o Ministério Público do Trabalho
Dia 30 de julho haverá reunião do Sindicato no Ministério Público do Trabalho de Niterói, com o procurador Patrick Maia Merísio. O objetivo é discutir os problemas enfrentados pelos bancários no INSS e anunciar os resultados da reunião em Brasília, no Ministério da Previdência, para que os responsáveis pelo INSS sejam intimados para uma audiência.
A intimação ao INSS será necessária porque os contatos diretos tentados pelo Sindicato não vêm obtendo resultado.
Havia, por exemplo, uma reunião marcada para o dia 18 no próprio INSS, Centro de Niterói, mas o gerente-executivo do órgão, Fernando Mascarenhas, não compareceu. Alegou que surgiu uma reunião de emergência no Rio e ele teve que sair, garantindo que marcaria uma nova reunião.
Tinham ido cobrar soluções para os maus-tratos as sindicalistas Cristina Andrade e Haidée Antunes Rosa, além de duas bancárias com problemas de saúde que sofreram humilhações nas perícias, apesar dos laudos médicos comprovando suas lesões.