Com bom humor, o Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões levou para as ruas os problemas enfrentados pela categoria bancária.
Quem passou pela Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói, nesta quinta-feira (25), se deparou com banda de música, balões coloridos, cartazes e até anãozinho – representando o salário dos bancários, e o perna de pau – representando o lucro dos bancos. Mas não era uma festa, muito menos brincadeira. Era a Diretoria do Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões em mais uma ação de conscientização dos bancários e da população.
A mesma manifestação foi realizada nos municípios de Araruama, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia na Região dos Lagos. Também de forma bem-humorada e lúdica, o Sindicato mostrou os problemas enfrentados pela categoria bancária como o adoecimento mental provocado pela cobrança de metas abusivas e assédio moral.
Os bancários estão em campanha salarial e a pauta da reunião desta quinta-feira entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos foi justamente sobre saúde e condições de trabalho.
O presidente do sindicato, Jorge Antonio Porkinho, falou sobre a importância dessa luta.
“Mais um ano de campanha salarial dos bancários. E aí, clientes e usuários pedimos todo apoio e toda solidariedade nesse momento porque a luta da categoria bancária não é apenas por melhores salários. É a luta para você também, por melhor atendimento”, ressaltou Porkinho.
Com a participação de diversos diretores, o grupo percorreu agências do Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal, onde o Presidente da Instituição, Carlos Antonio Vieira Fernandes se encontrava. Mesmo sabendo da presença do sindicato, Vieira preferiu permanecer no interior da agência, sem se manifestar.
A cobrança de metas e o assédio moral vêm sendo objeto de debates de toda a categoria. Na manifestação desta quinta-feira não foi diferente.
“O assédio moral não acontece somente nos bancos privados, também acontece no Banco do Brasil. Temos várias denúncias de assédio moral no Banco do Brasil, um banco de economia mista onde o Governo é majoritário. Como pode uma empresa majoritariamente pública cometer assédio moral com seus funcionários cobrando metas abusivas, assim a exemplo de bancos privados? “, questionou a entidade sindical, lembrando ainda que o banco foi criado para ser um prestador de serviços à sociedade.