O Sindicato se reúne com a diretoria do Bradesco nesta sexta-feira, 28 de maio, para tratar das seis demissões “por justa causa” sem explicação dos motivos.
O Sindicato se reúne com a diretoria do Bradesco nesta sexta-feira, 28 de maio, para tratar das seis demissões “por justa causa” sem a explicação do motivo. No dia 12, o Sindicato parou todas as 31 agências em Niterói e Região, como protesto (leia mais aqui). Dia 4, na agência Icaraí, o Sindicato conseguiu reintegrar judicialmente Fernanda Larrubia Marques, que está grávida.
A reunião desta sexta-feira será na Diretoria Regional do banco, na Avenida Amaral Peixoto, com a presença do presidente do Sindicato, Jorge Antônio, e dos sindicalistas Héber Mathias e Fabiano Júnior, presidente da Federação dos Bancários dos Estados do Rio e Espírito Santo. O Bradesco será representado pelo o diretor de Recursos Humanos e Relações Sindicais do Bradesco, Geraldo Grando, pelo gerente regional Luiz Carlos “Marola” dos Santos e por um integrante da Inspetoria.
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O Bradesco tem banalizado tanto a demissão, que já demitiu a mesma bancária duas vezes. O caso aconteceu com Verônica Simões Fioret Luna, da agência Icaraí. E o absurdo é ainda maior: de 28 a 30 de abril — mais de uma semana depois da primeira carta de demissão, portanto —, Verônica substituiu o gerente administrativo, assumindo a gestão da agência. Ou seja: contava com a absoluta confiança do banco. Mesmo que as datas não estivessem absurdamente erradas, como poderia ter sido demitida “por justa causa”?
Desrespeito à lei
Ao não informar o motivo da demissão “por justa causa”, o Bradesco descumpre o Artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Também fere a legislação brasileira, já que não dá ao bancário o direito de se defender porque não se sabe do que está sendo acusado. Ainda segundo a Lei, o ônus da prova cabe ao empregador.
“O Bradesco gasta milhões de reais com propagandas enganosas sobre responsabilidade social, mas na prática manda vários chefes de família para rua, após décadas de de dedicação ao banco, sem dar nenhuma satisfação”, comentou Haidée, diretora do Departamento Jurídico do Sindicato. “Os bancários não têm mais nenhuma tranquilidade para trabalhar”, afirmou Haidêe.