Começa nesta segunda-feira, dia 17, a eleição da Previ, na qual todos os sindicatos cutistas, a Anabb (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil) e a Aafbb (Associação Nacional dos Antigos Funcionárioss do Banco do Brasil), estão indicando o voto na Chapa 3, ligada à atual diretoria. Desde a nomeação de Sérgio Rosa (foto) para a presidência, em 2003, no início do governo Lula, essa diretoria vem tendo resultados excepcionais, inclusive durante a crise atual. A atual gestão também promoveu melhorias nas aposentadorias e pensões e ainda favoreceu o pessoal da ativa com a suspensão da cobrança de mensalidades, o que não seria função da Caixa.
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A chapa de oposição alardeia como programa pontos um tanto fantasiosos ou até equivocados, tais como a possibilidade de migração entre os planos 1 e Previ Futuro, que depende de mudança na legislação federal, do Congresso, além da derrubada da legislação que concede à parte patronal dos planos de previdência fechada a metade do superávit. Esta alteração, criada em 2008, depende da Justiça para ser derrubada, e já há processo sobre o assunto em andamento. A oposição também promete a retomada das negociações sobre o superávit de 2007, mas isso depende da vontade da direção do BB.
A atual diretoria da Previ já vem tentando essa retomada das negociações, mas ao banco interessa a atual legislação. A lei atual é considerada inconstitucional por muitos, mas sem sentença sobre o assunto, apenas liminar favorável aos funcionários. Apesar disso, a direção do BB vem contabilizando, nos últimos semestres, sua parte no superávit da Previ, maquiando para cima o lucro do banco, aumentando a PLR dos funcionários e distribuindo mais dividendos superavaliados para os acionistas, o maior deles, lembrem-se, o governo, dono do Banco do Brasil.
A própria migração do Previ Futuro para o Plano 1 é, hoje, altamente discutível em razão do aquecimento do mercado financeiro — logo, das aplicações da Previ. Atualmente, o Previ Futuro levaria a aposentadorias maiores que as do Plano 1, definidas pelos 36 últimos salários, enquanto no Previ Futuro há a possibilidade de aposentadorias e pensões maiores que os salários. De acordo com o último balanço, essas verbas poderiam chegar a até 41% mais que a remuneração.