Ato foi realizado em frente ao Centro de Convenções onde acontecia congresso de peritos do INSS. Grupo teatral satirizou a situação vivida pelos trabalhadores com problemas de saúde.
Em manifestação organizada pela CUT Nacional, e que contou com o apoio da CUT-RJ, o movimento sindical cobrou a imediata humanização da perícia médica realizada pelo INSS. Além de dirigentes e militantes das entidades citadas, marcaram presença também os secretários de Sáude da CUT Nacional (Juneia Batista) e da CUT-RJ (Barbosa). Compareceram ainda representantes das centrais sindicais UGT e Nova Central Sindical.
Não por acaso, o ato foi realizado em frente ao Centro de Convenções Sul América, onde se realizava um congresso de peritos do INSS. “É preciso acabar com o descaso com que os trabalhadores, muitas vezes, são tratados quando precisam da perícia médica. São comuns casos de trabalhadores que são dados como aptos para a volta ao trabalho sem estarem aptos. Também não é cumprida uma norma do INSS que determina a presença de um acompanhante para o trabalhador no ato da perícia. O que nós exigimos é respeito ao trabalhador”, disse Barbosa.
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Coube à Companhia Emergencial de Teatro arrancar gargalhadas das pessoas presentes. O grupo teatral, que há tempos anima também as atividades de rua do Sindicato dos Bancários do Niterói, satirizou a situação vivida pelos trabalhadores com problemas de saúde, usando e abusando do humor para cobrar mudanças no quadro atual.
“O Dia Mundial em Memória das Vítimas dos Acidentes de Trabalho, 28 de abril, quinta-feira próxima, foi criado pela OIT em 2003, depois que a comoção causada pela morte de 78 trabalhadores numa mina dos Estados Unidos desencadeou um forte movimento de pressão. A ideia da OIT era de que a data deveria servir como um momento de reflexão sobre as condições de saúde e segurança do trabalhador. Mas, nós da CUT achamos que é preciso ir além e denunciar o que vem ocorrendo com a classe trabalhadora”, explicou Juneia Batista
Ela apontou dados mostrando que a maioria dos que são obrigados a deixar o mercado de trabalho são jovens e submetidos à terceirização e à precarização nas relações de trabalho. “Este ato acontece aqui porque os peritos costumam dizer que economizam milhões da previdência cancelando benefícios de trabalhadores. Eles chegam ao ponto de classificar como fraudador o trabalhador lesionado. Não podemos aceitar o tratamento debochado e desrespeitoso que alguns peritos dispensam às vítimas da LER, chamando-os de “lerdeza”, denunciou.
Fonte: CUT-RJ, com BancariosNit
Foto: Paulo de Tarso/Feeb RJ-ES