Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que entre janeiro e setembro deste ano o país registrou saldo de +1,7 milhão de empregos formais, enquanto o ramo financeiro, excluindo a categoria bancária, teve aumento de 15,9 mil postos de trabalho.
Apesar do avanço, no setor bancário a realidade é bem diferente, já que foram eliminadas 8.807 vagas nos nove primeiros meses de 2025, sendo 1.866 somente em setembro.
O resultado é um dos piores desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020. Ele reflete, em grande parte, as demissões do Banco Itaú, naquele mês, impactando o saldo negativo do período.
Segundo Walcir Previtale, secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, o movimento de reestruturação promovido pelas instituições financeiras vem provocando uma redução contínua do número de agências e da força de trabalho, com impacto direto na qualidade do atendimento e no emprego bancário.
“Os bancos estão cada vez mais concentrados nas plataformas digitais, mas isso não significa que o trabalho diminuiu. Pelo contrário, há sobrecarga nas equipes e fechamento de unidades que prestavam serviços essenciais à população”, observa Walcir.
*Fonte: Contraf-CUT