No domingo, 29 de maio, em São Paulo, cerca de dois milhões de pessoas se reuniram na nona Parada do Orgulho Gay (foto), evento acompanhado pelo Guiness Book, pois pode se tornar a maior manifestação de homossexuais da História.
Há nove anos, o principal objetivo da manifestação é a aprovação da lei de união civil entre homossexuais, projeto de Marta Suplicy, que tramita há dez anos no Congresso.
E o que o Sindicato tem a ver com isso?
O Sindicato é uma entidade democrática de defesa dos trabalhadores, que luta pelo direito de todos, respeitando as minorias e as diferenças.
Você conhece algum homossexual?
Algum homossexual trabalha em sua agência?
Você tem ou teve um chefe homossexual?
Você tem ou teve um gerente homossexual?
A primeira pergunta deve ter tido a resposta sim. As outras três, especialmente as duas últimas, devem ter tido a resposta não.
Os homossexuais estão por aí. Os vemos nas ruas, nas famílias, mas não muito entre os bancários, entre os quais muitos homossexuais procuram esconder sua opção para poderem seguir empregados ou serem promovidos.
Portanto, a estranheza, talvez preconceituosa, que você teve quando viu uma matéria sobre o homossexualismo em um sítio (site) do Sindicato é porque nós lutamos por todos, incluindo-se aí os homossexuais que, como se observa rapidamente, são minoria entre os bancários e muito mais minoria ainda entre os bancários com cargos de confiança.
Para acabar com esse preconceito dos bancos, precisamos acabar primeiro com os nossos preconceitos. Afinal, excetuando-se os concursos nos bancos públicos, são bancários que contratam bancários e, em todos os bancos, são bancários que promovem bancários.
Nesse dia, quem sabe, viveremos em um Brasil melhor, onde um homossexual poderá viver durante anos com outro homossexual e, quando, um dia, um deles morrer, o outro continuará usufruindo do patrimônio construído pelos dois. E não a família do falecido, que muitas vezes, em vida, o criticou, o atacou e o abandonou.