A taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) subiu para 10,75%. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18) pelo Banco Central.
O Comitê de Política Monetária votou, por unanimidade, pelo aumento de 0,25 percentual.
O Copom indicou, ainda, que estaria iniciando um novo ciclo de aumentos consecutivos na Selic, podendo a taxa chegar a 11,25% até o fim do ano.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a elevação de 0,25 p.p. na Selic aumentará em R$ 13 bilhões os gastos da União (considerando Governo Federal, governos estaduais e empresas estatais) com os juros dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, por ser o principal índice de negociação desses papéis.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira, ressaltou que o Banco Central segue praticando uma política monetária proibitiva para o desenvolvimento do país.
“Mesmo tendo sofrido algumas reduções, nos últimos dois anos, a Selic foi mantida elevadíssima, fazendo o Brasil figurar entre os três países com as maiores taxas de juros reais (que é o resultado da Selic menos a inflação) do mundo”, denunciou Juvandia.
*Fonte: Contraf-CUT
*Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil