Saúde do trabalhador: reunião com Bradesco

Sindicalistas apresentam dados sobre saúde do trabalhador ao Bradesco. Expectativa é que o banco apresente propostas efetivas para a questão.

Cumprindo compromisso assumido na mesa de negociação permanente com o Bradesco, a Comissão de Organização dos Empregados(COE) do Bradesco convidou a pesquisadora da Fundacentro Maria Maeno para apresentar dados sobre saúde do trabalhador. A palestra ocorreu nesta quinta-feira, 8 de dezembro, na sede da confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. Participaram dirigentes sindicais e a comissão de negociação do banco.

“O objetivo da discussão foi chamar a atenção do banco para a importância de olhar para a saúde dos bancários. Nossa expectativa é que o banco possa ponderar essas observações e trazer propostas efetivas na continuidade da mesa para avançarmos, especialmente nas questões relativas ao plano de saúde”, explica Elaine Cutis, diretora da Contraf-CUT e coordenadora da COE Bradesco.


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A pesquisadora explicou as diretrizes e práticas institucionais voltadas à saúde mental no trabalho e salientou os planos de ação que precisam ser tomados para implementação de políticas voltadas para a Saúde do Trabalhador. Entre elas, a criação de instrumentos legais, mobilização nacional e prevenção de agravos ocupacionais.

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Para Elaine Cutis, as informações sobre saúde mental no trabalho foram importantes para que os trabalhadores discutam junto ao banco com mais embasamento a inclusão de tratamentos essenciais que ainda não fazem parte do convênio. “Os bancários não possuem cobertura nas áreas de psiquiatria e psicoterapia, entre outras, o que entendemos como prioritárias, uma vez que tratamos de uma atividade que afeta diretamente a mente dos trabalhadores”, defende.

Segundo Maria Maeno, a reestruturação no setor financeiro promoveu o aumento da concorrência e o enxugamento no quadro de funcionários. “Este cenário reduziu os postos de trabalho e ampliou a exigência pelo trabalhador polivalente, visto sempre como um vendedor. Além disso, ainda há os fatores da automação e as metas crescentes”, diz.

Segundo a pesquisadora, a organização de trabalho adotada pelas instituições financeiras ampliou o ritmo de trabalho intenso, a quantidade de trabalho, a pressão pela produtividade e a impossibilidade das pausas. “Com isso, o sistema músculo esquelético e a mente entram em fadiga no trabalho”, explica Maria Maeno.

“Temos um enorme desafio para encarar. Os problemas relacionados a saúde do trabalhador que foram apresentados são fatos que precisam ser discutidos na mesa temática com a Fenaban. É dever de todos nós, representantes dos sindicatos, trabalharmos para darmos um salto de qualidade nesta questão”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT
Foto: Jailton Garcia/Contraf-CUT