Saúde Caixa: empregados defendem reajuste zero e fim do teto

Na reunião da última quinta-feira (7) do Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, o banco apresentou dados referentes às receitas e despesas do plano, que mostram um desequilíbrio de R$ 346,3 milhões no semestre.

Felipe Pacheco, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, disse que os números apresentados pela Caixa apontam uma projeção de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões de déficit ao final de 2025.

“Mantidas as condições atuais, as projeções para 2026 é de outro déficit de R$ 700 milhões a R$ 900 milhões”, afirmou Felipe.

Para o coordenador do GT Saúde Caixa e diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, se estes valores de déficit projetados para o plano forem repassados aos empregados, os valores das mensalidades podem passar a ser quase o dobro dos atuais.

“Se hoje os empregados já estão sufocados com os custos, um reajuste deste nível inviabilizaria a permanência da maioria dos usuários no plano. Por isso, não há outra solução para manter o plano financeiramente viável para nós, empregados, que não passe pelo aumento das contribuições da Caixa no custeio”, observou Quadros.

De acordo com o coordenador, para que o Saúde Caixa se mantenha economicamente sustentável de forma perene, a Caixa deve extinguir o teto que ela própria inseriu no seu Estatuto.

A próxima reunião entre as equipes técnicas da Caixa e dos empregados para tratar do assunto está agendada para esta terça-feira (12).

 

*Fonte: Contraf-CUT