Santander: nova rodada de negociações nesta sexta (31)

 

Já está marcada para a próxima sexta (31) uma nova reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Santander e a própria instituição. Em pauta, estarão os temas já comentados no encontro realizado na última terça (28), bem como o teletrabalho e a Participação dos Lucros e Resultados (PLR).

 

Durante a reunião, foram discutidos o banco de horas negativas, o compartilhamento de dados dos funcionários e os protocolos adotados contra o novo Coronavírus. “Fizemos algumas reivindicações. O banco vai analisar e voltaremos a debater na próxima reunião”, informou a coordenadora da COE, Maria Rosani.

 

No caso do banco de horas, uma proposta foi feita pelo banco ao COE antes da reunião. Os trabalhadores analisaram e fizeram uma contra-proposta, com alterações que fossem mais benéficas aos funcionários. A resposta será dada pela instituição bancária nesta sexta.

 

Quanto ao compartilhamento de dados dos funcionários a terceiros, que o banco está enviando uma proposta de aditivo contratual em que os trabalhadores passariam a autorizar que a prática fosse adotada, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e os sindicatos orientam os trabalhadores a não assinarem tal aditivo até que as negociações sobre o assunto sejam concluídas.

 

“O banco precisa informar qual a finalidade do compartilhamento das informações pessoais de seus funcionários com terceiros. Da forma como foi feito, o documento contraria o que determina a Lei Geral de Proteção de Dados pessoais (LGDP)”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Mario Raia. O tema também voltará a ser debatido na sexta-feira.

 

Protocolos da Covid-19 – Foi informado, também, que a instituição promoveu, nos últimos dias, uma nova alteração nos protocolos para testagem e retorno ao trabalho de funcionários com suspeita de Covid-19, ou que tiveram contato com eles.

 

De acordo com o banco, foram fechadas parcerias com redes de farmácias a fim de realizar testes rápidos em quem tiver com suspeita de infecção e, também, com quem teve contato com eles. Em caso de positivo, o funcionário será afastado e todos serão monitorados por 14 dias para verificar se há o surgimento de sintomas de Covid-19. O funcionário que testar positivo fará uma retestagem pelo método de biologia molecular (teste RT-PCR) para confirmar, ou não, o resultado.

 

Mais do que o tipo de teste realizado, a preocupação da representação dos trabalhadores é com a possibilidade de os trabalhadores que tiverem resultado negativo pela testagem rápida retornar ao trabalho e poder contaminar seus colegas, uma vez que este tipo de teste tem grande probabilidade (cerca de 30%) de dar resultado errado (falso negativo, ou falso positivo).

 

O banco se comprometeu que, independente do teste, fará o acompanhamento das pessoas por 14 dias para verificar se há o surgimento de sintomas da doença. E pediu para se aguarde um mês para que haja uma possibilidade de analisar os resultados deste novo protocolo de procedimentos. O banco disse manterá canal permanente de debate sobre esse tema e poderá rever os procedimentos caso, em conversações com os trabalhadores, se verifique algum equívoco nos mesmos.