Banco garantiu que não fará cortes e prometeu buscar soluções urgentes para os problemas que surgiram nas condições de trabalho devido à integração tecnológica.
Em reunião com sindicalistas nesta terça-feira, 5 de abril, o Santander garantiu que não fará demissão em massa e prometeu buscar soluções urgentes para os problemas que surgiram nas condições de trabalho devido à integração tecnológica, realizada após a compra do Banco Real. A reunião aconteceu em São Paulo, com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, e os bancários de Niterói e Região foram representados pelos sindicalistas Júlio Pessoa e Maurício Dutra Villar.
“O banco admitiu que pode fazer ajuste pontuais, provavelmente em departamentos, mas afirmou que esses trabalhadores serão repostos nas agências”, explicou Júlio (foto). Ou seja, a instituição financeira se comprometeu em preencher as vagas existentes primeiramente com os trabalhadores da própria empresa, para aproveitar os funcionários do quadro e evitar, assim, as demissões. O Sindicato já começa uma fiscalização intensa nas dependências do Santander, e toda ameaça de corte deve ser imediatamente denunciada pelos bancários ao Sindicato, pelo telefone (21) 2717-2157. “Se acontecer qualquer demissão, faremos manifestação nacional”, afirmou o sindicalista.
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A reunião também tratou dos critérios para o pagamento do programa de Remuneração Variável (RV) no Santander. O banco informou que quem não bater a meta receberá a RV sim, pela média. Foi cobrada, ainda, a prorrogação do “pijama”, salientando a enorme demanda de trabalhadores aptos a aderir e a existência da mesma prática no Santander em outros países. A direção do banco ficou de avaliar.
Pesquisa nas agências
Em relação às condições de trabalho prejudicadas pela integração tecnológica, ficou acordado que o Sindicato fará uma pesquisa nas agências para apontar os problemas. É muito importante que todos os bancários colaborem, passando informações ao Sindicato pelo telefone 2717-2157 ou pelo “Fale Conosco” do site www.bancariosnit.org.br. “É um verdadeiro absurdo o que os funcionários têm passado nos seus locais de trabalho”, lamentou Júlio. Há denúncias de bancários pressionados para fazer hora extra, com ameaça de demissão para quem se recusa e “premiação” para quem faz.
Somente em 2010, o Santander registrou no Brasil a bagatela de R$ 7,4 bilhões de lucro, valor nada menos do que 34% superior ao resultado de 2009. Com esses números, o mercado brasileiro ultrapassou até mesmo o espanhol e se tornou o mais lucrativo do banco no mundo, com 25% do total. A Espanha representa, hoje, 15%.