Santander apresenta resposta nesta sexta

Representantes do banco ficaram de avaliar as propostas apresentadas pelos dirigentes sindicais na quinta-feira, dia 1º.

O movimento sindical continua nesta sexta-feira, 2 de dezembro, a negociação específica para a renovação com avanços do acordo aditivo à convenção coletiva de trabalho e do acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), além dos termos de compromisso do Banesprev e Cabesp. A reunião ocorre das 11h às 13h, na Torre do Santander, em São Paulo.

Os trabalhadores do Santander são os únicos, entre os bancos privados, a manter desde 2001 um acordo aditivo. Entre as conquistas estão o intervalo de 15 minutos dentro da jornada de seis horas, as 2 mil bolsas de auxílio-educação para graduação e a ampliação da licença-amamentação.


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No primeiro dia de negociação, ocorrido nesta quinta-feira, dia 1º, os bancários defenderam a manutenção do aditivo com a inclusão de novas cláusulas. “O Santander tem dinheiro para investir em marketing, patrocina a Copa Libertadoras e a Fórmula 1 e acaba de contratar como garoto-propaganda o craque Neymar do Santos e da Seleção Brasileira. Agora é hora de conceder avanços para os trabalhadores brasileiros”, disse Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

O Santander Brasil obteve um lucro líquido de R$ 5,956 bilhões até setembro deste ano, um crescimento de 9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o Brasil contribuiu com 25% do lucro mundial do Santander, o que representa a maior fatia do resultado entre todos os países do mundo onde o banco atua, superando a participação de 10% da Espanha.

Avanços

Os bancários querem avanços como garantia do emprego, cinco dias de ausências abonadas por ano, adiantamento de um salário nas férias a ser pago em dez vezes sem juros, eleições democráticas dos representantes dos participantes no SantanderPrevi e Sanprev, manutenção da assistência médica para todos os aposentados, isenção de tarifas e redução dos juros, auxílio moradia e o aumento do PPRS.

Os representantes do Santander ficaram de avaliar as propostas apresentadas pelos dirigentes sindicais e trarão uma resposta da direção do banco na negociação desta sexta-feira. Eles adiantaram que o banco aceita renovar todas as cláusulas vigentes, bem como elevar a PPRS de R$ 1.350 para R$ 1.500.

Negociação após mobilização

As reuniões com o Santander foram agendadas após três correspondências enviadas pelas entidades sindicais ao superintendente de Recursos Humanos, Jerônimo dos Anjos, em 21 de outubro, 7 e 21 de novembro. Já a pauta específica de reivindicações foi entregue em 30 de agosto.

A marcação ocorreu no dia 23 de novembro, durante a Jornada Continental de Lutas, que os bancários do Santander realizaram no Brasil e noutros países da América Latina, onde o banco está presente, cobrando respeito e diálogo para constituir uma coordenadora mundial e firmar um acordo marco global, a exemplo de outras instituições financeiras.

Fonte: Contraf-CUT
Foto: Paulo Pepe/Seeb-SP