Os dirigentes sindicais do Itaú em Niterói e Região fizeram no auditório Sindicato (foto) uma reunião sobre vários temas importantes para os funcionários, nesta quinta-feira, 5 de maio.
Os dirigentes sindicais do Itaú em Niterói e Região fizeram no auditório Sindicato (foto) uma reunião sobre vários temas importantes para os funcionários, nesta quinta-feira, 5 de maio. Os sindicalistas discutiram assédio moral nas agências, as demissões que o banco vem fazendo, a emissão de CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho), o problema do horário irregular de atendimento e futuras ações políticas para o Itaú.
Este ano o Sindicato tem itensificado sua luta em defesa dos funcionários do Itaú, com negociações, manifestações e até paralisações, devido a uma série de irregularidades que o banco vem promovendo, em total desrespeito a seus funcionários (clique aqui para ler sobre paralisação no Itaú).
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Banco assume que demite para contratar por salário menor
A questão das demissões é assustadora. Apesar do lucro recorde de R$ 3,53 bilhões no 1º trimestre, o maior entre todos os bancos privados no Brasil (veja aqui), o Itaú vem demitindo caixas e gerentes operacionais em diversas regiões do país. A eliminação dos empregos ocorre mesmo com o compromisso assumido pelo banco após a aquisição do Unibanco de que não haveria demissões no processo de fusão. Não é à toa que o Itaú lidera o ranking de reclamações dos clientes feito pelo Banco Central (confira aqui).
Em reunião com sindicalistas no dia 27, o Itaú admitiu a prática do turn over, ou seja, a demissão de funcionários com mais tempo de banco e a contratação de novos, com salários bem menores. É uma política que desrespeita bancários experientes que durante anos garantiram os lucros recordes alcançados pelo banco.
Assédio moral pode ser denunciado para solução em 60 dias
A escassez de funcionários devido às demissões e o clima de terror nas agências criado pelo banco acaba gerando um ambiente fácil para o assédio moral (atos discriminatórios, intolerância e abuso de poder). É o caso das políticas de premiações negativas, em que o funcionário é humilhado diante de todos por não ter atingido as metas, recebe ‘presentes’ que o ridicularizam, ouve comentários irônicos e desmoralizantes.
Para que os funcionários do Itaú e de todos os outros bancos possam denunciar com segurança e sigilo o assédio moral, o Sindicato criou um formulário fácil para ser preenchido no site (veja como aqui). O novo meio de contato facilita todo o procedimento para que os bancários possam garantir as conquistas do novo acordo contra assédio moral, aprovado em assembleia no dia 16 de março (leia mais aqui) e assinado com os bancos do Estado do Rio sete dias depois (veja aqui). A cláusula do assédio moral foi uma das grandes conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2010.
Proteção à saúde do bancário
É natural que o assédio moral (apontado por mais de 80% dos bancários de todo o Brasil como o problema mais grave nos locais de trabalho) resulte em adoecimento dos bancários, físico e psicológico. Por isso os sindicalistas do Itaú estão atentos à necessidade da emissão de CAT, um documento que pode ser emitido pelo Sindicato atestando que aquele bancário tem problema de saúde decorrente do trabalho. Esse documento viabiliza atendimento no INSS, protege o emprego do bancário durante o período de tratamento e permite que ele possa receber benefícios acidentários previstos em lei.
Na reunião, os sindicalistas constataram que a luta em defesa dos funcionários do Itaú já apresenta bons resultados. Foi resolvido o problema de abertura antecipada das agências, que aumentava a sobrecarga de trabalho e aumentava o risco de erros. No fim de abril, depois de muita pressão do Sindicato, os gerentes operacionais do Itaú receberam um comunicado do banco informando que estão proibidos de abrir as agências fora do horário do expediente.
Essa primeira vitória só aumentou a determinação dos sindicalistas para elaborar novas ações políticas contra as irregularidades e arbitrariedades do Itaú.