Terminou frustrada a reunião agendada pela Fundação dos Economiários Federais (Funcef) com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar).
A expectativa era de acesso aos dados solicitados pela Federação por meio de ofícios encaminhados no dia 15 de maio. Entretanto, isso não aconteceu.
A Fundação não forneceu à Fenae os estudos sobre o contencioso e sobre o impacto da mudança nas taxas de juros no Reg/Replan Saldado, e negou o compartilhamento dos dados e dos relatórios do GT Caixa/Funcef sobre o equacionamento.
Essas questões são consideradas pela Fenae como essenciais para a construção de alternativas às medidas propostas pela Caixa/Funcef. A Fundação alegou sigilo dos dados e do relatório.
Durante a reunião, os dirigentes da Fenae também cobraram a apresentação dos estudos e levantamentos realizados pela Funcef sobre o contencioso de origem trabalhista, que impactam o resultado dos planos tanto nas provisões que são constituídas para processos classificados com chance de perda provável quanto nas ações judiciais em que a Funcef foi condenada.
A Fenae reforçou, ainda, a necessidade de que os participantes sejam de fato incluídos no processo, e condenou o tratamento passivo que a Caixa e Funcef estão dando a eles.
“A Caixa e a Funcef não podem decidir sozinhas o que é melhor para nós, participantes. As manifestações de muitos colegas são bem eloquentes, rechaçando a redução dos benefícios e cobrando a inclusão nos debates, já que se trata de nossos recursos e nossos direitos. A diretoria da Funcef precisa entender que a entidade só existe em função dos participantes, e não pode nos tratar como se fôssemos um corpo estranho”, ressaltou Leonardo.
*Fonte: Fenae