Reunião discute saúde no HSBC

O desrespeito do HSBC à saúde de seus funcionários tornou necessária uma reunião no Sindicato, dia 3 de março, para orientações e esclarecimentos.

O desrespeito do HSBC à saúde de seus funcionários tornou necessária uma reunião no Sindicato, dia 3 de março, para orientações e esclarecimentos. Os bancários também receberam informações sobre fechamento de agências e sobre o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR).

O secretário de Saúde do Sindicato, Edilson Cerqueira, explicou que o banco não tem direito de exigir que seus funcionários o Código Internacional de Doenças (CID). “Isso é proibido pelo código de ética médica”, alertou. Também participaram da reunião o médico do trabalho Ricardo Garcia Duarte e a advogada Fernanda, do Sindicato, além do sindicalista Rubens Branquinho.

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Edilson também estranhou o fato de o banco estar querendo saber de seus funcionários dia, hora e posto da perícia médica no INSS. “No primeiro caso em que essas informações foram dadas pela bancária, o benefício dela foi indeferido pela Previdência”, afirmou o sindicalista. Ele disse que tem recebido muitas reclamações de que os peritos discriminam os bancários doentes.

Os problemas de saúde no HSBC têm acontecido devido ao esgotamento físico e mental dos funcionários, após assédio moral e excessivas cobranças de metas, segundo Rubens. “Apesar disso, superintendente regional ganhou mais de R$ 70 mil de PPR, enquanto funcionários cotidianamente assediados moralmente para produzir nada receberam”, disse.

Acordo global

Entre os dias 17 e 19 de março, acontece em São Paulo um seminário internacional de bancários do HSBC e do Santander para discutir a construção de um acordo coletivo mundial nas duas instituições. Estarão presentes sindicalistas de pelo menos 19 países das Américas, Europa e Ásia. O HSBC vai enviar um representante.

Rubens também participou de reunião em São Paulo para discutir o balanço do HSBC. O Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) detectou diversos problemas em relação a valorização dos funcionários. “O banco se comprometeu a fazer uma reunião técnica para explicar uma série de questões”, disse Rubens.