A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu com o banco na quarta-feira (27/11) para dar continuidade às negociações sobre condições de trabalho nas agências e departamentos da Caixa.
Em pauta, estava o retorno ao trabalho presencial dos empregados de grupos de risco à Covid-19 e temas relacionados ao programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), Programa de Qualidade de Vendas (PQV), Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), promoção por mérito, cross-selling (venda casada) e assédio (inclusive o gerador de “sprints” como mais uma ferramenta que pode resultar em assédio).
“Infelizmente não conseguimos debater sobre todos estes temas, pois o que ouvimos sobre o retorno ao trabalho presencial e principalmente sobre a GDP nos deixaram estarrecidos. Para usar a palavra dita por alguns de meus colegas durante a reunião, o que o banco nos apresentou é ‘surreal’”, afirmou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.
O banco reconheceu que novos mecanismos da GPP, como a “curva forçada” visam mudar a cultura dos empregados da Caixa e estabelecer valores empresariais de mercado e forçar a competição pela venda de produtos.
Retorno presencial
A Caixa é o único banco que convocou até mesmo os empregados que fazem parte dos grupos de risco para o retorno ao trabalho presencial. A CEE reforçou o pedido de prorrogação do prazo as pessoas solicitarem a manutenção do trabalho em home office, para dar mais tempo para a obtenção do laudo médico indicando a necessidade de permanecerem trabalhando em casa.
Ainda foi lembrando ao banco a desmobilização de prédios usados pela Caixa durante a pandemia o que inviabiliza o retorno de todo quadro funcional ao mesmo tempo. Além disso, foram questionados quais as formas de avaliação para que os funcionários voltassem ao trabalho presencial.
A representação dos empregados também cobrou que o novo protocolo seja inserido no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e que os gestores de unidades sejam muito bem informados com relação à orientação sobre a possibilidade de contestação do chamado de retorno para os casos específicos.
Os representantes da Caixa afirmaram que o novo protocolo, com chamada para o retorno ao presencial, é somente para os empregados do grupo de risco e nunca houve orientação para o afastamento daqueles que não fossem do grupo de risco.
Esta era uma decisão de cada gestor, de acordo com a disponibilidade de seu quadro de empregados. Com relação à proibição do retorno ao presencial daqueles que se recusem a se vacinar, o banco sustenta que não existe esta orientação e que, inclusive, para o pessoal que se manteve no presencial, sempre houve a convivência entre quem estava vacinado e quem não estava.
A Caixa se comprometeu a melhorar a comunicação aos gestores e aos empregados em geral sobre a possibilidade de contestação do retorno ao presencial com o GT de Prevenção em até cinco dias, que situações excepcionais podem ter avaliação do próprio gestor e reforçou que os pedidos de análise podem ser feitos pelo serviços.caixa.
Também disse que vai analisar a questão dos prédios sem estrutura para receber os empregados, além disso, disse que pode estudar como proceder com empregados que se negam a se vacinar, no entanto, alegou não poder proibir o retorno deles ao trabalho caso eles queiram retornar.