Todas as 12 agências de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí pararam, por 24 horas dia 21, contra fechamento de agências e demissões. Em 2008, banco teve lucro recorde de seus 11 anos no Brasil.
Nesta sexta-feira, dia 20, o Sindicato dos Bancários de Niterói começou a dar sua resposta contra as arbitrariedades do HSBC, que pretende fechar mais de 50 agências em todo o Brasil e demitiu mais de 200 bancários brasileiros, apesar de, em 2008, ter tido seu lucro recorde em 11 anos de atuação no País e de ter anunciado que, por isso, não haveria demissões por aqui, ao contrário dos Estados Unidos, onde 6.100 bancários foram desempregados.
Todas as 12 agências do HSBC em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí fecharam por 24 horas e o Sindicato organizou um ato de repúdio em frente à agência São Gonçalo, a mais importante que o HSBC pretende fechar na base territorial da entidade. A outra é a agência Tribobó, no bairro do Arsenal, também naquele município.
Os sindicalistas distribuíram à população gonçalense cachorro quente e pé de moleque, lembrando a cachorrada e a molecagem do HSBC com a 16ª cidade mais populosa do Brasil, com quase um milhão de habitantes.
Uma carta aberta também foi distribuída a clientes e usuários, explicando a irresponsabilidade social do HSBC, bem como um abaixo-assinado, exigindo a manutenção das agências e dos empregos, que, em duas horas, já contava com mais de 500 assinaturas e será entregue pelo Sindicato ao Ministério Público do Trabalho, em Niterói, em mesa redonda já solicitada sobre o banco inglês.
Estiveram presentes ao ato os vereadores gonçalenses Miguel Moraes, vice-presidente da Câmara, e Marlos Costa, ambos do PT, que, na terça-feira, dia 24, às 19 horas, na Câmara Municipal de São Gonçalo, proporão uma moção de repúdio ao HSBC por seu desrespeito à cidade e aos bancários que, em 2008, produziram quase 10% do lucro mundial do banco inglês.
Uma banda de música ajudou o carro de som do Sindicato a chamar a atenção da população para a manifestação.
“As decisões do HSBC, além de absurdas, tendo em vista a lucratividade do banco no Brasil, são discriminatórias, pois a maioria das agências fechadas estão em regiões populares, como São Gonçalo e a Baixada Fluminense, que perdeu cinco de suas 12, enquanto outras unidades estão sendo abertas na zona sul do Rio e em Macaé, junto à Petrobrás. Ao invés da responsabilidade social, o banco inglês aumenta cada vez mais sua barreira social aos brasileiros”, comentou o sindicalista Jorge Antonio, do HSBC e presidente do Sindicato (MQ).