Diretores do Sindicato participaram da manifestação em frente ao Congresso Nacional durante audiência pública na Câmara.
Diretores do Sindicato estavam nesta terça-feira, 16 de agosto, entre os 700 bancários de várias regiões do país que participaram de manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, contra os correspondentes bancários. A atividade aconteceu durante audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados para discutir o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 214/2011, de autoria do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que pretende suspender as resoluções do Banco Central que ampliaram a atuação dos correspondentes.
Na audiência, da qual participaram os sindicalistas Jorge Antonio, Marize Motta, Cristina Andrade, Ildo Peres e Miro Baptista (foto), os representantes dos bancários mostraram que o papel dos correspondentes bancários deixou de ser um mecanismo para atender localidades aonde os serviços bancários não chegavam e passou a ser uma forma de precarização do serviço e um mecanismo para retirar das agências os clientes de baixa renda. Os bancos estão usando o correspondente para reduzir custos com o apoio do Banco Central, extrapolando sua competência ao legislar sobre relações trabalhistas.
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A audiência contou com a participação de centenas de trabalhadores do setor financeiro. Como o tamanho da sala da comissão não era suficiente para todos, boa parte dos bancários pode assistir à audiência através de um telão instalado pela Contraf sob uma tenda em frente ao Congresso. O deputado Berzoini criticou a instalação de correspondentes a 50, 60 metros de agências bancárias, que promovem a distinção de parte do público. “A igualdade de atendimento tem de ser garantida”, afirmou.
Lavagem de “descarrego”
Pela manhã, antes da audiência, os bancários fizeram uma lavagem da rampa principal de acesso do Banco Central, também em Brasília, num ato simbólico de descarrego contra as resoluções da instituição que ampliam as funções dos correspondentes e precarizam o trabalho bancário. A manifestação contou com a presença de um pai de santo e baianas, água de cheiro, rosas brancas e tambores, e com som da escola de samba Bola Preta de Sobradinho.