Primeiro dia de greve é tranquilo em todos os municípios. Paralisação continua nesta sexta

O primeiro dia da greve dos bancários em Niterói e região transcorreu com a maior normalidade de forma ordeira e pacífica. Não foi registrado nenhum incidente em todos os 16 municípios abrangidos pelo Sindicato da categoria. A adesão dos bancários foi total e 100% das agências (bancos públicos e privados) permaneceram fechadas durante todo o dia, inclusive as que possuem horário de atendimento ao público estendido. Em toda a base, cerca de 240 unidades deixaram de funcionar nesta quinta-feira. Bancários de todo país estão em greve por tempo indeterminado e lutam por reajuste salarial de 11,93% (inflação do período + 5% de ganho real) entre outras reinvindicações.

Durante todo o dia diretores do Sindicato dos Bancários de Niterói e região acompanharam as movimentações nas agências. Como é feito todos os anos a entidade consegue adesão total à greve. Nesta sexta-feira a paralisação continua em todos os municípios.

Os clientes e usuários que necessitarem utilizar algum serviço tem à disposição os caixas de autoatendimento e os serviços disponíveis na internet, além dos estabelecimentos credenciados.

Os bancários reivindicam reajuste de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese), entre outras reivindicações como o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, e mais contratações para melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos clientes, bem como o fim das metas abusivas, do assédio moral e do adoecimento, mais segurança e igualdade de oportunidades.

O presidente do Sindicato, Fabiano Júnior, fez um balanço positivo deste primeiro dia de greve.

“Com adesão de toda categoria tudo ocorreu tranquilamente. A população compreendeu os motivos das paralisações e manifestou apoio em diversas ocasiões lamentando o descaso dos banqueiros com seus funcionários. Nesta sexta-feira estaremos firmes novamente com os piquetes nas portas dos bancos para o segundo dia de greve e temos a certeza que tudo vai caminhar de forma tranquila e ordeira como fazemos ano após ano”, assegura Fabiano Júnior.

As negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) começou em agosto com a apresentação da pauta de reivindicações da categoria. De lá pra cá foram realizados cinco encontros, porém nada avançou nas negociações com os banqueiros que insistem em não conceder nenhum benefício apesar dos lucros bilionários obtidos apenas no primeiro semestre de 2013. Os seis principais bancos do país somaram lucros acima de R$ 25 bilhões nos primeiros meses de 2013.

O Sindicato dos Bancários de Niterói e região compreende uma base de representação de 16 municípios, sendo eles Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Silva Jardim, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Tanguá, Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, São Pedro d’Aldeia, Cabo Frio, Armação de Búzios e Rio das Ostras. Cerca de quatro mil bancários atuam nas cerca de 240 agências.

As reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Imprensa Seeb-Nit