Dia 2, sindicalistas da Federação RJ-ES definiram o que esperam do Plano de Carreira, Cargos e Salários. Quaresma (Niterói), Joasir (Alcântara) e Rigel (Araruama) representaram o Sindicato de Niterói e Região. Quaresma (foto) foi um dos 14 delegados eleitos para a Plenária Nacional sobre o PCCS, dia 15, em São Paulo.
No último dia 2, na Federação dos Bancários do Estado do Rio e do Espírito Santo, sindicalistas desses dois estados definiram propostas para as negociações com a direção do Banco do Brasil sobre o novo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) que, segundo o Acordo da Campanha 2009, deve estar pronto até junho de 2010.
Marcelo Quaresma (Niterói), Joasir Paz (Alcântara) e Rigel Pereira (Araruama) representaram Niterói e Região, ao lado de dirigentes sindicais do BB dos sindicatos do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Itaperuna, Petrópolis, Sul Fluminense e Espírito Santo.
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Sérgio Farias (Federação e Comissão de Empresa BB) coordenou a mesa dos debates e Quaresma, que compôs a mesa como diretor estadual da Anabb (Associação Nacional dos Funcionários do BB), foi o relator dos trabalhos.
Após informes sobre as mesas temáticas em andamento (PCCS, Previ, Saúde e Terceirização) ficaram aprovadas, por unanimidade, as seguintes propostas para as negociações com a direção do banco sobre o novo Plano de Carreira, Cargos e Salários:
1 – Jornada de seis horas para todos, horas extras na 7ª e 8ª horas e fim da 9ª e da 10ª hora, muito prejudiciais à saúde.
2 – Necessidade de aprimoramento, definição e mais transparência nos critérios de comissionamento.
3 – Ampliar os três eixos da negociação e da campanha sobre o novo PCCS, propostos pela Comissão de Empresa (COE-BB): jornada de seis horas, critérios de comissionamento e carreira de mérito com incorporação de comissão perdida ao salário.
4 – Piso do Dieese (R$ 2.085,89, em outubro).
5 – Retorno do anuênio, congelado unilateralmente pelo Banco do Brasil, desde 1997.
6 – Aumento do interstício entre os VP’s, hoje em 3%, e que já foram de 9%, de 11% e de até 12% no último nível de carreira.
7 – Fim da lateralidade e retorno das substituições em todos os níveis e em todas as agências.
8 – Aumento das comissões, inclusive a de caixa, e efetivação dos caixas “volantes”, que, na prática, são permanentes.
9 – Isonomia plena entre os funcionários pré e pós 1998, inclusive em relação ao anuênio e à licença-prêmio.
10 – Ascensão e comissionamento com maior equilíbrio entre mérito (exercício de funções e qualificação) e tempo de serviço.
11 – Incluir a valorização dos dirigentes sindicais, que têm a carreira basicamente congelada, no novo PCCS.
12 – Subsidiar os debates com as propostas do PCS de 2004 e as resoluções sobre PCCS do Congresso do BB de 2008.
13 – Qualificar a discussão sobre o PCCS com dados do Dieese e palestras desse órgão e de pessoas ligadas ao tema.
14 – Mobilizar o funcionalismo após a Plenária Nacional do dia 15, a partir de uma nova reunião do Coletivo de Dirigentes do BB da Federação RJ-ES, ampliada à participação dos representantes sindicais de base.
A única divergência ficou por conta do indicativo de eixo da Comissão de Empresa de incorporação do valor de comissão perdida após seis anos no cargo, sendo encaminhadas à Plenária Nacional três propostas:
1 – Manter o indicativo de incorporação da comissão perdida ao salário, a partir de seis anos no cargo.
2 – Incorporação a partir dos dois anos, seguindo o princípio constitucional de incorporação de comissão perdida ao salário (proposta de Niterói e Região).
3 – Incorporação percentual, escalonada e anual do salário à comissão perdida. Exemplo: se acordada a incorporação a partir de cinco anos, incorporar 20% do valor da comissão perdida ao salário por cada ano exercido em um cargo. Nesse caso, se alguém perder a comissão com dois anos no cargo, incorpora 40% do valor dela ao salário.
Encerrados os debates, foram eleitos 14 delegados para a Plenária Nacional de dirigentes sindicais sobre o novo PCCS, em São Paulo, dia 15 de dezembro, entre eles, Marcelo Quaresma que, no evento, representará Niterói e Região, além da Anabb.
“Os sindicatos estão fazendo a sua parte, mas a luta não é só da entidade. É também dos funcionários, que terão de lutar, talvez com paralisações, se quiserem um PCCS digno. Começamos mal, com apenas uma sugestão enviada pelos colegas para a reunião do dia 2. Felizmente, tínhamos essa discussão acumulada nos últimos encontros de base e levamos essas propostas, que foram todas aprovadas. Temos o exemplo do PCS 2004, que não sai do papel, e da malfadada reestruração unilateral de 2007, que não encontrou resistência para reduzir quadros e aumentar o trabalho e o assédio moral nas agências. Sonhemos e lutemos juntos para mudar nossa realidade. Caso contrário, haverá também viúvas desse PCCS, chorando pelos cantos das agências, com a velha ladainha de que a culpa é do Sindicato, pois não tem a autocrítica de assumirem a própria culpa, de assumirem que são o ‘Sindicato’, sejam sindicalizados ou não. E porque não tem coragem de enfrentar a direção do banco, o patrão, o grande responsável pelos seus problemas. Temos que vestir a camisa do Sindicato para que nosso time bata essa meta”, comentou Quaresma.