Primeira negociação tem poucos avanços

Os bancos admitem treinamento ores sobre o combate ao assédio moral, mas não aceitam negociar o conteúdo.

Fim do assédio moral nos bancos foi o principal tema da primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nessa terça-feira, 24 de agosto, em São Paulo. Os representantes dos trabalhadores apresentaram uma série de propostas que já vem sendo debatidas nas mesas temáticas instaladas desde a Campanha Nacional Unificada do ano passado.

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Os bancos se comprometem a fazer treinamento com seus gestores sobre o combate ao assédio moral, mas não aceitam negociar o conteúdo desses treinamentos. Os sindicalistas vão tentar resolver esse impasse na próxima negociação, quarta-feira.

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A cláusula sobre assédio moral na nova Convenção Coletiva de Trabalho deve prever uma declaração explícita por parte dos bancos signitários contra qualquer ato de assédio moral. Uma das discussões é a apresentação de dados setoriais sobre o problema nos locais de trabalho. E as denúncias dos bancários devem ser apuradas pelo banco que vai informar ao Sindicato o resultado num prazo máximo de 60 dias. A entidade sindical poderá preservar o nome do denunciante.

Saúde

Além do combate ao assédio moral e o fim das metas abusivas, a rodada de negociação abordou propostas dos bancários para a promoção à saúde nos locais de trabalho, assim como a manutenção dos salários e direitos aos bancários afastados por motivos de saúde. É o caso da garantia de função para quem retornar de licença-médica. E o abono de faltas dos bancários com deficiência para manutenção de suas próteses. Os representantes da Fenaban devem dar resposta na próxima rodada de negociação.

Calendário de negociações

O calendário de negociações, definido nesta terça-feira entre o Comando Nacional e a Fenaban, é o seguinte:

1º e 2 de setembro – Saúde do trabalhador e segurança bancária.
8 e 9 de setembro – Emprego e condições de trabalho.
15 e 16 de setembro – Remuneração.

Foto: Jailton Garcia/Contraf-CUT