Foto: Edilson Dantas – Agência O Globo
O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, disse durante uma teleconferência que “agora, no quarto trimestre, nós terminamos de ‘cortar o mato alto’. E, a partir de 2021, será tiro no sniper. Nós iremos no detalhe de cada área para sermos mais eficientes”, se referindo às demissões cruéis, desumanas e infundadas praticadas pelo banco ao longo de 2020.
A falta causou revolta nos bancários. A palavra sniper utilizada pelo banqueiro significa franco-atirador. Outra analogia usada por Lazari foi considerar que seus empregados, que ajudam a construir e crescer o patrimônio do banco, são tratados pela cúpula do banco como mato ou capim pra ser aparado.
O Bradesco descumpriu acordo firmado com o movimento sindical de não demitir durante a pandemia da Covid-19. Porém, não cumpriu e seguiu sua cartilha de maldades e demissões através do telefone, não levando em conta os chefes de famílias que perderam seus empregos.
Outra análise que pode ser feita da fala de Lazari é de que as maldades ainda não acabaram, fazendo analogia que a partir de 2021 ainda terão alvos a serem acertados.
Apenas em 2020, o Bradesco já demitiu cerca de dois mil trabalhadores em todo o país. Na base do Sindicato de Niterói, mais de 70 trabalhadores foram dispensados. O Sindicato trabalha para cancelar as demissões ou reintegrar os bancários.