Na campanha salarial, serão reivindicados 5% do lucro líquido de forma linear para todos, mais aumento real de 7,05% e reposição da inflação. Essas foram algumas das deliberações da Conferência Nacional dos Bancários (foto), realizada em São Paulo
A minuta de reivindicações da Campanha deste ano será entregue aos banqueiros dia 10, exigindo reposição da inflação (INPC); aumento real de 7,05%; PLR de 5% do lucro linear, mais um valor fixo e um variável, a ser definido pelo Comando Nacional dos Bancários; além do piso do Dieese (R$ 1.447,58 em junho).
Essas foram as principais decisões da 8ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre os dias 27 e 30 de julho, em São Paulo, que contou com 811 delegados, entre eles 14 de Niterói e Região.
A campanha unificada, mais uma vez, foi aprovada, como em 2005 e 2004, com o Comando negociando com a Fenaban as questões gerais e as comissões de empresa tratando das questões específicas permanentemente.
Defesa do emprego, ampliação do horário de atendimento com dois turnos, respeito à jornada, fim do assédio moral e das metas abusivas, mais segurança e isonomia de direitos são outros itens da minuta deste ano.
Também na Conferência, Fabiano Júnior, presidente da Federação RJ-ES e funcionário do Bradesco Niterói, foi reeleito para o Comando Nacional dos Bancários e participará das negociações.
Bancários firmes na conquista da 13ª cesta e do 14º salário
Além do ganho real e da melhoria da PLR, a Conferência Nacional confirmou a luta por novas conquistas.
As principais são a 13ª cesta-alimentação, paga somente em 2004 nos bancos privados, e o 14º salário, que substituiria regularmente os abonos da Era FHC, quando não havia reajuste acima da inflação, o que voltou a ocorrer no governo Lula.
Outras prioridades serão o auxílio creche-babá de um salário mínimo, a cesta-alimentação de R$ 300 e a gratificação de caixa de R$ 500.
A ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe a demissão imotivada e a unificação com outras categorias do ramo financeiro, também será pleiteadas.