Poucos foram os trabalhadores que conseguiram ultrapassar o forte esquema de segurança para tentar entrar no plenário da Câmara dos Deputados, onde foi realizada na última quarta-feira, dia 18, a audiência pública para debater o Projeto de Lei 4330/04, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO). A proposta prevê a terceirização em toda a força produtiva do país, inclusive nas chamadas atividades-fim, ou seja, empresas eliminarão categorias inteiras e governos deixarão de realizar concursos públicos para contratar trabalhadores terceirizados, com salários inferiores e condições de trabalho ainda mais precárias. Já o patronato estava em peso à audiência.
O ex-diretor de Relações de Trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico, era um dos mais assíduos defensores do projeto de terceirização. Os bancos serão os primeiros a terceirizar caixas e gerências para reduzir custos com salários e aumentar ainda mais os lucros.
“Até nos bancos públicos a terceirização avança a passos largos, como no caso do Banco do Brasil, em que trabalhadores terceirizados da empresa Cobra Tecnologia, de propriedade do próprio banco, estão substituindo os bancários técnicos de informática (TIs)”, explica o diretor do Sindicato e da CUT-RJ, Marcello Azevedo, que participou do protesto em frente ao Congresso Nacional, na última segunda-feira. Durante os protestos, sindicalistas expulsaram repórteres da TV Globo, em resposta ao apoio que a emissora dá à aprovação do PL, boicotando as atividades da CUT contra a proposta, que não recebem espaço na grande mídia.
Entre nessa luta
Entre no site bancariosrio.org.br e veja a lista completa dos e-mails dos parlamentares para você enviar sua mensagem em repúdio ao projeto de terceirização que ameaça a todos os trabalhadores. Participe dessa luta. Seu futuro e de seus filhos estão em jogo. Proteste contra o PL 4330.
“Há o risco iminente do projeto ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) ou no plenário da Câmara dos Deputados nos próximos 30 dias. O trabalhador precisa ir à ruas protestar e pressionar os parlamentares enviando e-mails para derrotarmos o PL 4330”, disse Marcello Azevedo
Fonte: BancáriosRio