Petrobras vai aumentar preço de combustíveis nos próximos meses

Presidente da estatal Graça Foster não confirmou a data para o reajuste . Justificativa é a alta de preços do petróleo vendido no mercado internacional.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, admitiu nesta segunda-feira que a estatal tem intenção de aumentar o preço dos combustíveis nos próximos meses. Em evento no Rio de Janeiro, Graça Foster afirmou que o patamar do preço internacional do petróleo está mais alto do que em anos anteriores.

“Há claramente uma mudança no patamar de preços neste horizonte de 2012. Em algum momento, a expectativa é que tenhamos reajuste no preço de combustíveis. Se é em um mês, dois, três ou seis, eu não sei”, disse.

Graça Foster revelou ainda que está “sistematicamente conversando com o controlador (da empresa, o governo)” sobre reajuste de combustível. O governo, em geral, busca evitar algum repasse de preços de combustível, temendo o impacto inflacionário. Nos últimos anos, a Petrobras tem justificado a manutenção do preço dos combustíveis negociados pela estatal por conta da política da empresa de não repassar a volatilidade do preço internacional para o mercado doméstico.

Segundo a empresa, o combustível só é reajustado quando um novo patamar no mercado internacional é detectado. No entanto, essa política resultou em prejuízo para a empresa no ano passado.

A Petrobras trabalha com preço do petróleo até o final do ano de US$ 119 o barril, um novo patamar, o que deverá levar a um reajuste de preço dos combustíveis no Brasil ainda este ano, disse a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, durante uma palestra no Rio. O petróleo Brent é negociado em torno de US$ 118,5 o barril.

Portas abertas – A presidente da Petrobras disse em reunião com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que as empresas dos Estados Unidos estão convidadas a fornecer equipamentos à estatal brasileira. O conteúdo da reunião, ocorrida na segunda-feira, foi divulgado ontem pela presidente da Petrobras em coletiva à imprensa, no Rio de Janeiro.

Segundo Graça Foster, Hillary Clinton se mostrou interessada em saber detalhes da política de conteúdo local do Brasil, que prevê que grande parte dos componentes dos equipamentos usados pela Petrobras, como as plataformas, seja produzida em território brasileiro.

“O que eu coloquei para ela foi que não existe 100% de conteúdo local no Brasil. Nosso conteúdo local varia de 50% a 65%. Mas disse também que as empresas americanas estão convidadas sempre a fornecer para nós os equipamentos, uma vez que tenham preço e prazo para nos atender dentro da nossa exigência”, disse a presidenta da estatal brasileira.

O FLUMINENSE


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