Para movimento sindical, negociação com a Caixa ainda precisa avançar

Na reunião da última quarta-feira (14), a Caixa Econômica Federal levou algumas respostas para as reivindicações dos trabalhadores, apresentadas pela Comissão Executiva de Empregados (CEE).

Entretanto, o movimento sindical ressalta que ainda falta um debate que permita avançar na redação das propostas.

“Embora a Caixa tenha sinalizado convergências em relação às premissas de algumas das propostas que apresentamos, ainda precisa avançar na definição destes pontos e nos trazer respostas para os demais temas apresentados”, afirmou Rafael de Castro, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da CEE.

Sobre o tema saúde do trabalhador, a Caixa disse que, atendendo o movimento sindical, está revisando seu PCMSO, para que seja mais efetivo na prevenção. O banco afirmou estar aberto a discutir com o movimento sobre a reformulação do PCMSO e dos programas de promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes de trabalho.

Em relação à igualdade de oportunidades, a Caixa afirmou que, apesar de já existir uma norma sobre as comissões regionais de diversidade, vai incluir esta regulamentação no Acordo Coletivo de Trabalho, garantindo a participação das entidades sindicais de forma representativa. Falta definir a redação da cláusula.

Segundo os representantes do banco, a meta é que até 2028 a chefia das unidades seja composta por 45% de mulheres e 27% de pessoas pretas, pardas ou indígenas.

Na questão PSI e diversidade, a sugestão dos empregados é que haja diversidade na composição da banca do Processo Seletivo Interno, para combater preconceito e discriminação. A Caixa propôs aprofundar a questão.

Também foi levantada a questão das horas de estudo, prevista na cláusula 59 do atual ACT. A representação sindical observou que é necessário que haja efetividade desta cláusula. A Caixa aceita debater o tema.

A representação sindical pediu melhorias no acesso e no fluxo de comunicação com os empregados. Outra cobrança foi quanto ao uso abusivo do WhatsApp e do Teams nos celulares dos empregados.

Segundo a representação dos empregados, os aplicativos têm sido usados para cobrança de metas, mesmo fora da jornada de trabalho.

A Comissão pediu ainda revisão no Agiliza, locação de empregados fora das agências para triagem dos clientes.

Em relação ao teletrabalho, a Caixa informou que, em atendimento ao movimento sindical, está estudando mecanismos para garantir o respeito à desconexão e à jornada de trabalho. O banco sugeriu que a proposta seja debatida e elaborada na próxima de mesa de negociações, que será realizada em 21 ou 22 de agosto.

O movimento sindical também reivindicou isenção de anuidade de cartões de crédito para os empregados.

Em caso de sequestro que atinja ou vise atingir o patrimônio da empresa, o movimento sindical reivindica que a Caixa custeie todas as assistências (médicas, psicológicas e jurídicas), previstas na cláusula 35 do atual ACT, não apenas aos dependentes, mas também às demais pessoas que estiverem na residência no momento.

 

*Fonte: Contraf-CUT