Nova Comissão de Segurança Privada exclui trabalhadores do ramo financeiro

 

O Diário Oficial da União publicou, nesta terça-feira (26), a volta da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP).

 

Com foco no estudo, proposição e aperfeiçoamento de soluções para a segurança bancária, além de fiscalização da área, a nova CCASP não contará com a participação dos representantes dos trabalhadores do ramo financeiro.

 

O secretário de Cultura da Contraf-CUT, Carlos Damarino, observa que a retomada da CCASP é positiva, mas discorda da exclusão dos representantes dos trabalhadores bancários na composição da equipe.

 

“Este governo e o Ministério da Justiça precisam dar um aspecto democrático ao conselho. Por isso a atual gestão foi eleita. A representação dos trabalhadores não pode estar em desequilíbrio em relação aos representantes patronais, que têm interesses bem diferentes dos trabalhadores de modo geral”, afirma Damarindo.

 

Vale ressaltar que antes de ser extinta pelo último governo, a CCASP contava com trabalhadores do ramo financeiro em sua composição. A nova versão exclui ainda é a Confederação Nacional de Vigilantes e Prestadores de Serviços (CNTV).

 

A Contraf-CUT vai enviar um ofício para reivindicar a participação na comissão, segundo informação do secretário de Políticas Sociais da entidade, Elias Jordão.

 

“A medida é positiva, mas a bancada dos trabalhadores não está totalmente contemplada. Nós queremos a nossa participação”, afirmou Jordão.

 

Segurança

 

Outra portaria que está preocupando os trabalhadores, principalmente das agências bancárias, é a que foi editada pelo Ministério da Justiça, desobrigando a instalação de portas giratórias de segurança em agências que não movimentam numerário.

 

“Nós queremos marcar uma audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para mostrar a importância da revisão desta portaria, pois coloca em risco os trabalhadores dessas agências”, ressaltou Jordão.

 

Carlos Damarindo considera a portaria um absurdo porque atualmente existem novas modalidades de crimes que dispensam numerário.

 

“Com esta medida, o governo compactua com os bancos que já estão retirando equipamentos de segurança, em nome do lucro em detrimento das vidas das pessoas. O movimento sindical seguirá protestando por mais segurança nas agências bancárias, porque o dinheiro do banco tem seguro, mas as vidas das pessoas são únicas e não têm preço”, concluiu Damarindo.