Niterói mantém 100% das agências fechadas e greve continua na segunda-feira

Dia foi tranquilo em todos os municípios e adesão permanece em 100% da base. Nenhum banco funcionou e não foram registrados nenhum tipo de furo de greve.

O segundo dia da greve dos bancários também foi tranqüilo em todos os 16 municípios representados pelo Sindicato dos Bancários de Niterói. Nenhum incidente foi registrado e o movimento das agências foi baixo. Cem porcento das unidades permaneceram fechadas durante todo o dia. A adesão continua total por parte da categoria. Na próxima semana a greve deve continuar no mesmo rítimo. Mesmo com o forte movimento dos funcionários, os bancos ainda não procuraram o Comando Nacional para apresentar uma nova contraproposta à categoria.

No primeiro dia de greve os bancários fecharam pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal. São 1.013 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%. Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

A forte paralisação, inclusive nos bancos privados, mostra a indignação da categoria com a recusa dos banqueiros em atender as reivindicações, propondo apenas 6,1% de reajuste, enquanto seus altos executivos chegam a receber até R$ 10 milhões por ano.

Os bancários aprovaram greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban.

Os clientes e usuários que necessitarem utilizar algum serviço tem à disposição os caixas de autoatendimento e os serviços disponíveis na internet, além dos estabelecimentos credenciados.

Greve continua na segunda-feira

Diante de nenhuma proposta apresentada pelos bancos, os bancários irão manter o movimento grevista na próxima segunda-feira (23). As cerca de 240 agências espalhadas pelos 16 municípios das Regiões Leste e dos Lagos do Estado vão permanecer sem atendimento ao público. No fim do dia, o Sindicato dos Bancários deve realizar uma assembleia para avaliação dos primeiros três dias de greve na região. Até lá, a categoria aguarda alguma manifestação da Fenaban. Tudo indica que o movimento deve ficar ainda mais forte em todo país nos próximos dias.

“Como debatemos na assembleia organizativa da última quarta-feira, devemos nos reunir novamente na segunda-feira dia 23 para avaliar como foram os primeiros dias de greve. Neste segundo dia o movimento ocorreu de forma muito tranqüila em todos os municípios. A procura por clientes e usuários tem sido abaixo do esperado. Os que vão até as agências são orientados pelos diretores do sindicato de como devem proceder. A população tem sido bem compreensiva com o movimento, já que demonstramos os lucros bilionários dos bancos e a péssima qualidade de trabalho oferecida pelo mesmos aos bancários o que acaba refletindo num atendimento de baixa qualidade dos clientes. Pensamos em tudo isso na hora de reivindicar”, completa Heber Mathias Netto, secretário de imprensa do Sindicato.
A negociação, até agora

A Fenaban propôs, além do reajuste rebaixado de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.), PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado) e parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

As reivindicações gerais dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Imprensa Seeb-Nit


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