A apuração das denúncias de assédio sexual feitas por empregadas da Caixa contra o ex-presidente da instituição Pedro Guimarães, foram elevadas nesta terça (26) pelo Ministério Público do Trabalho em inquérito civil. Na decisão, o procurador também determinou que a Caixa, assim que notificada, junte ao inquérito, no prazo de 10 dias, todos os documentos de “procedimentos administrativos” relativos a 14 denúncias em canais internos do banco, contra abusos de Pedro Guimarães, entre 2019 e 2022.
“Considerando que os fatos narrados autorizam a tutela de direitos a cargo do Ministério Público do Trabalho, CONVERTA-SE a notícia de fato em inquérito civil”, diz trecho do documento.
Conforme a decisão, a Caixa também terá que apresentar cópias de “procedimentos administrativos decorrentes de 02 (duas) denúncias que teriam sido apresentadas no ‘Viva Voz’ por uma funcionária da Caixa, em 2020, relacionadas a possível assédio moral que teria sido praticado pelo ex-presidente da empresa pública durante uma live ocorrida no fim de maio daquele ano”.
A apuração no MPT tinha sido aberta logo após as denúncias terem se tornado públicas pelo portal Metrópoles, em 28 de junho. Com a decisão, as investigações contra Pedro Guimarães serão aprofundadas. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal.