A importância dos sindicatos e centrais sindicais para melhorias nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras foi um dos pontos em destaque no discurso de posse do novo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. A cerimônia de transmissão de cargo aconteceu nesta terça-feira (3).
“Compreendemos que as partes interessadas, trabalhadores e empresários devem ter autonomia para investir no sistema de relações de trabalho que valorize e incentive a negociação coletiva para a solução de conflitos”, declarou Marinho, afirmando que o ministério estará comprometido com a valorização do diálogo social e da negociação coletiva.
Marinho entende que é preciso fazer uma negociação coletiva fundada em boas práticas e diálogo com sindicatos fortes, com ampla base de representação e representatividade e capacidade autônoma de organização e financiamento.
“Fortalecer os coletivos autônomos, valorizar a negociação coletiva e promover o ‘tripartismo’, é com esta visão que atuarei não apenas à frente desse ministério, mas em toda a Esplanada para fazer com que essa agenda do trabalho e emprego seja fortemente incorporada às políticas de desenvolvimento econômico tecnológico e social”, garantiu o ministro.
Reforma trabalhista
Antes de Marinho discursar, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann disse que ele terá o desafio de conduzir a revisão da reforma trabalhista. “Você [Marinho] vai ter o desafio de conduzir a revisão da reforma trabalhista, para que a gente possa corrigir os erros e modernizar essa legislação”, afirmou, destacando a importância de “incluir nos direitos aqueles trabalhadores que hoje não têm vínculo formal”.
Valorização do salário mínimo
O ministro afirmou que o Governo Federal terá “uma política de valorização permanente do salário mínimo”. Segundo ele, a proposta vai ser apresentada ao Congresso Nacional. “Farei de tudo para que a agenda do trabalho tenha protagonismo inédito e esteja no centro das definições das políticas de desenvolvimento do país”, disse.
Geração de bons empregos
Para Marinho o caminho para as mudanças trabalhistas é o da melhoria do ambiente econômico por meio de investimento, inovação da produção industrial, da agropecuária, do comércio, dos serviços e das atividades do terceiro setor. “Vamos criar as condições para a geração de novos e bons empregos em novas formas de proteção social trabalhista e previdenciária”, declarou.