Luta pelo emprego no Itaú

Em reunião com o banco, sindicalistas afirmaram que não aceitam as demissões que vêm sendo feitas em todo o país. Terceirização também foi discutida no encontro.

Em negociação com a direção do Itaú na quinta-feira, dia 12, em São Paulo, o movimento sindical reafirmou que não aceita demissões e cobraram garantia de emprego para os funcionários. Os dirigentes sindicais debateram também as condições de saúde e trabalho, o que tem levado muitos bancários ao adoecimento e gerado desligamentos. O banco apresentou o seu programa de reabilitação profissional, que está previsto na cláusula 41ª da Convenção Coletiva de Trabalho.

A reunião ocorreu após a retomada do processo de negociação permanente a partir da mobilização dos bancários, que promoveram em 19 de abril um dia nacional de luta contra as demissões e pelo desrespeito frente ao aumento unilateral do convênio médico.

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Emprego

As entidades sindicais questionaram novamente o motivo das demissões que ocorreram em várias regiões do país. Como resposta, a direção do banco afirmou que será reativado o Centro de Realocação para transferir os bancários, na medida em que as vagas forem surgindo, evitando assim as dispensas.

“Cobramos o acompanhamento e a requalificação desses trabalhadores em suas novas funções”, diz Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, órgão que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações específicas. “Não basta transferi-los, é fundamental que também ocorra capacitação, a fim de prepará-los para as novas atribuições”, completa o dirigente sindical.

Os dirigentes sindicais reivindicaram garantia de emprego e a ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Porém, não houve uma resposta positiva por parte do banco.

Terceirização

A terceirização também é responsável pelas recentes demissões ocorridas na empresa. “Há inúmeros trabalhadores atuando nos setores administrativos, principalmente em São Paulo, que exercem suas funções em condições precárias de trabalho e com ausência de direitos dos bancários”, afirma Jair.

“Vamos continuar atentos às demissões e promovendo novos atos em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores”, aponta o dirigente sindical.

Saúde e condições de trabalho

O Itaú também apresentou o seu programa de reabilitação profissional para os trabalhadores. “Verificamos que as linhas gerais do programa do banco estão de acordo com o que prevê a cláusula da convenção coletiva, embora haja denúncias em diversas localidades onde estão acontecendo situações que contrariam o que está regulamentado na Circular Normativa Permanente RP-22 do Itaú”, afirma o secretário de saúde da Contraf-CUT, Plínio Pavão.

“A reabilitação é uma conquista dos bancários, mas é importante que os parâmetros estabelecidos sejam cumpridos e, para tanto, faz-se necessária a fiscalização dos dirigentes sindicais em todo país”, orienta Plínio.

Fonte: Contraf-CUT
Foto: Gerado Lazzari/Seeb SP