Legalização da corrupção

A CPI dos Correios, “esqueceu” a gravação em vídeo de um diretor da empresa recebendo uma propina de três mil reais, segundo ele, para um esquema do PTB de Roberto Jefferson – você se lembra? – para apurar denúncias de corrupção nas campanhas eleitorais desde 1998, quando Eduardo Azeredo, presidente do PSDB, foi eleito prefeito de Belo Horizonte, até 2002, quando Lula, presidente de honra do PT, foi eleito presidente do Brasil.
As denúncias passam ainda pelo pagamento de “mensalão” e luvas para a troca de partidos, ligadas ao PTB de Jefferson, ao PP José Alencar e Severino Cavalcanti e ao PFL de Valdemar Costa Neto e ACM.
Tudo isso, aparentemente, ligado ao publicitário mineiro Marcos Valério, cuja empresa, desde 1998, vence licitações ou firma sem licitação contratos com prefeituras, governos estaduais, ministérios e estatais, do PSDB ao PT, da direita à esquerda.
Em meio a essa crise política, muitos políticos ainda têm a cara-de-pau de se aproveitarem para fazer cínicos apelos pela aceleração da votação do projeto de financiamento público das campanhas eleitorais.
Se o projeto for aprovado – e há muita chance disso -, o dinheiro que está sendo desviado dos cofres públicos ilegalmente, via superfaturamento e repasse do excedente do valor dos contratos, licitados ou naõ, para campanhas e mensalões, passaria a ser desviado, legalmente, da saúde, da educação, da segurança, da energia, das estradas para financiar campanhas eleitorais.
É a legalização da corrupção!
Ao invés de funcionários públicos corruptos e doações via caixa dois das empresas, do dinheiro sujo nas malas e cuecas, teríamos o dinheiro limpo dos cofres públicos para financiar as campanhas, sem qualquer risco de cadeia para políticos e empresários.
Em um país com serviços públicos tão precários como o nosso, o financiamento público de campanhas eleitorais, que existe em países ricos, sem que isso tenha acabado com a corrupção por lá, será mais um assalto explícito ao bolso do contribuinte.
É dever do cidadão lutar contra mais esse abuso do poder.
O SINDICATO SOMOS NÓS!
SEM VOCÊ, SOMOS MENOS.
AGOSTO, MÊS DA SINDICALIZAÇÃO:
SINDICALIZE-SE JÁ!
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