Itaú responde sobre demissões

Um dia depois da carta enviada pelo movimento sindical, a direção do Itaú respondeu e marcou negociação para esta segunda-feira, dia 28, para discutir as demissões que vêm ocorrendo no banco.

Um dia depois da carta enviada pelo movimento sindical, a direção do Itaú respondeu e marcou negociação para esta segunda-feira, 28 de novembro, para discutir o problema das demissões que vêm ocorrendo em diversos setores do banco. A reunião será às 17h, em São Paulo, com o vice-presidente e diretor de Recursos Humanos, Zeca Rudge.

Confira aqui a carta enviada ao Itaú na quinta-feira, dia 24.

“Vamos cobrar o fim imediato das dispensas, que são resultado dessa política nefasta de rotatividade da mão de obra, pois o banco substitui funcionários mais antigos por novos, reduzindo os salários e aumentando os ganhos bilionários da instituição”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro. “É inaceitável a enxurrada de demissões e o fechamento de 2.496 postos de trabalho até setembro deste ano, enquanto o banco atingiu lucro recorde de R$ 10,9 bilhões no período”, compara.


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Conforme dados do Departamento Intersindical de Estudos Sócioeconômicos (Dieese), o banco contava em dezembro de 2010 com 102.316 trabalhadores. O número caiu para 99.820 em setembro de 2011.

A marcação da negociação com o presidente da Contraf-CUT ocorre no último dia da Jornada Internacional de Lutas, promovida nesta semana na América Latina pela UNI Américas Finanças e pelo Comitê de Finanças da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), com apoio da Contraf-CUT, sindicatos e federações do Brasil.

“As demissões são inadmissíveis em um cenário de lucros crescentes. Sem contar que o banco sequer tem dado a chance de os demitidos procurarem uma vaga por meio do centro de realocação”, afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

Além disso, os bancários não se esquecem da promessa feita publicamente pelo presidente Roberto Setúbal, na época da fusão entre Itaú e Unibanco, em 2008, de que não haveria demissões e nem fechamento de agências. “Inclusive participamos de diversas mesas de negociações, onde ouvimos a promessa do banco de que o emprego seria garantido”, salienta Jair, indignado com a falta de responsabilidade social do banco que mais lucra no Brasil.

Fonte: Contraf-CUT