Em negociação com o Sindicato, banco se comprometeu a resolver todos os problemas em até três meses e admitiu que vinham sendo cometidas irregularidades.
Houve avanços positivos na reunião do Sindicato com o Itaú realizada dia 22 para dar fim à exploração que os funcionários vêm sofrendo nas agências de Niterói e Região. O banco se comprometeu a resolver todos os problemas em até três meses e admitiu que vinham sendo cometidas irregularidades. A reunião foi conquistada pelo Sindicato após paralisação da agência Niterói, em janeiro (veja fotos e mais informações aqui)
“A partir do momento em que o banco reconhece o equívoco, admite que havia práticas sem amparo legal, ficamos mais próximos de resolver boa parte dos problemas”, afirmou o presidente do Sindicato, Fabiano Júnior. Ele ressaltou que 80% dos problemas apontados pelo Sindicato, com ajuda dos funcionários nas agências, são decorrentes da antecipação indevida do horário de abertura. “Abrir antes provoca extrapolação da jornada de trabalho e excesso de horas extras. Leva funcionários de seis horas a trabalharem oito e até 10 horas por dia e gerentes operacionais ou tesoureiros terem que atender clientes no guichê”, alertou Fabiano. Segundo ele, a abertura antecipada vinha burlando o programa Agir e tornando desleal a concorrência com as regionais que cumprem o horário previsto em lei.
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A negociação aconteceu no Departamento de Recursos Humanos do Itaú, no Centro do Rio. Além de Fabiano, os bancários foram representados pelos sindicalistas Altair Ramos, Ângela Abreu, Genir Vicente, Guilherme Cunha, Miro Baptista e Simone Torres. Pelo banco, participaram Geraldo Martins, Bruno e Irinéia — todos do RH.
Agora o Sindicato fiscalizará se os prazos serão cumpridos pelo banco. Confira as datas-limites para cada reivindicação:
– Horário antecipado na abertura das agências: o banco se comprometeu a regularizar a situação em 30 dias.
– Produtividade: 90 dias para regularizar
– Desvio de função dos caixas (venda de títulos de capitalização, seguros, abertura de conta): 3 meses para ajustar. Só será feita por oportunidade, quando não houver cliente a atender
– Desvio de função de gerente operacional e tesoureiro: 3 meses para ajustar
– Taxa de juros exorbitante no cartão de crédito: questão encaminhada para a área de produtos, com a possibilidade de rever as taxas
– Férias impostas e não negociadas em alta temporada (dezembro, janeiro e fevereiro): banco vai tentar ajustar, avaliando a possibilidade de implantar o sistema de rodízio
– Metas (quadro): é uma ferramenta que continuará saindo mas não será usada de forma indevida, usando comparações
– Pedidos de demissão: de dezembro a fevereiro, o número foi inexpressivo.
– Conta FGTS: unificação Itaú e Unibanco
– Carência nas migrações do Plano de Saúde: prazo de 6 meses só quando muda de um modelo para outro modelo
– Telefone 0800 do setor de Recursos Humanos inoperante: o serviço passará para o call center a partir de março.